Cotado a R$ 5,94, dólar chega ao menor valor em dois meses; Ibovespa recua

Especialistas avaliam que a postura inicial de Trump, que optou por não implementar medidas tarifárias agressivas logo no início do mandato, contribuiu para o enfraquecimento global do dólar

Dólar fecha em queda | Marcello Casal Jr. / Agência Brasil
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O dólar fechou em queda nesta quarta-feira (22), cotado a R$ 5,94, marcando seu menor valor desde 27 de novembro, quando atingiu R$ 5,91. Durante a sessão, a moeda norte-americana chegou à mínima de R$ 5,91, enquanto o Ibovespa, principal índice da bolsa de valores brasileira, também registrou queda de 0,30%, encerrando aos 122.972 pontos.

Situação externa

A movimentação no câmbio reflete a cautela dos investidores diante das possíveis políticas comerciais do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que tomou posse recentemente. Apesar das ameaças de impor tarifas de até 25% sobre produtos de países como China, México, Canadá e União Europeia, a ausência de ações concretas no curto prazo trouxe alívio ao mercado e favoreceu moedas de economias emergentes, como o real.

Trump

Especialistas avaliam que a postura inicial de Trump, que optou por não implementar medidas tarifárias agressivas logo no início do mandato, contribuiu para o enfraquecimento global do dólar. "O mercado tem observado um tom mais moderado do que o esperado, o que reduziu as pressões inflacionárias previstas nos Estados Unidos e beneficiou as moedas globais", explicou Leonel Mattos, analista da StoneX, à Reuters.

Cotação do dólar

O dólar encerrou o dia com queda de 1,40%, acumulando recuo de 1,98% na semana e 3,79% no mês e no ano. Já o Ibovespa, embora tenha registrado leve queda no pregão de hoje, ainda acumula alta de 0,51% na semana e 2,24% no mês e no ano, refletindo a busca por oportunidades em ativos domésticos.

Fórum

Outro fator que movimentou os mercados nesta quarta-feira foram as discussões no Fórum Econômico Mundial, realizado em Davos, na Suíça, além do monitoramento das contas públicas brasileiras. Ambos os temas continuam no radar dos investidores e podem influenciar os próximos desdobramentos econômicos.

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