A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) divulgou dados indicando que o consumo nos lares brasileiros teve um crescimento de 2,14% no primeiro quadrimestre deste ano. Em relação ao mês de abril, a alta foi de 1,47% em comparação a março. Ao comparar abril de 2023 com abril de 2022, houve um aumento de 2,09%. Esses números englobam diferentes setores, como atacarejo, supermercado convencional, loja de vizinhança, hipermercado, minimercado e comércio eletrônico.
Todos os indicadores são ajustados de acordo com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), medido pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A cesta básica, composta por 35 produtos de consumo essencial, como alimentos, bebidas, carnes, produtos de limpeza, itens de higiene e beleza, teve um aumento de 0,53% em abril. Com isso, o preço médio nacional subiu de R$ 747,35 em março para R$ 751,29 em abril.
Dentre os produtos que registraram queda de preços, destacam-se a cebola (-7,01%), o óleo de soja (-4,44%) e a margarina cremosa (-0,93%). No caso das proteínas, os cortes de carne bovina do traseiro (-1,16%) e do dianteiro (-0,86%) apresentaram redução de preços. O frango congelado (-0,36%) e o pernil (-0,51%) também ficaram mais baratos. Em um período de 12 meses, os cortes bovinos nos supermercados acumularam uma queda de 11%. Por outro lado, produtos como tomate (+10,64%), leite longa vida (+4,96%), feijão (+4,41%), batata (+3,96%), farinha de mandioca (+2,87%) e ovos (+2,46%) tiveram aumento nos preços.
Limpeza
Na categoria de produtos de limpeza, as altas mais significativas foram observadas nos preços do desinfetante (+1,63%), água sanitária (+1,25%), detergente líquido para louças (+0,44%) e sabão em pó (+0,16%). Quanto aos produtos de higiene e beleza, creme dental (+1,35%), sabonete (+1,12%), xampu (+0,83%) e papel higiênico (+0,73%) registraram maiores variações de preços.
A região Centro-Oeste apresentou a maior variação nos preços da cesta básica, com um aumento de 1,06% em abril, passando de R$ 696,45 em março para R$ 703,81 em abril. Nas demais regiões, as variações foram: Sudeste (+0,72%), Nordeste (+0,46%), Norte (+0,16%) e Sul (+0,04%).
Segundo Marcio Milan, vice-presidente da Abras, no segundo semestre, o reajuste do salário-mínimo, o aumento dos salários dos servidores federais, a restituição do primeiro lote do Imposto de Renda 2023, a ampliação da isenção do imposto de renda para R$ 2.640,00, a antecipação do 13º dos aposentados e pensionistas do INSS devem movimentar a economia.