Com onda de calor, ONS alerta para recorde de demanda de energia em outubro

Os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão em boas condições para lidar com esse aumento.

Excesso de calor deve aumentar o consumo de energia elétrica | Reprodução
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Devido à onda de calor, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) prevê um aumento de 6,2% na demanda de energia em outubro em comparação com o mesmo período de 2022, o que, se confirmado, representará um recorde para o mês desde o início da série histórica em 2000.

Esse aumento na demanda é atribuído, em parte, às temperaturas médias mais elevadas, apesar de uma recente frente fria ter afetado as regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste do país.

No entanto, o ONS antecipa que as temperaturas continuarão altas nas regiões Norte e Nordeste, com pouca precipitação. De acordo com o relatório divulgado na sexta-feira (29), a demanda pode atingir aproximadamente 77,5 gigawatts médios (GWmed) em outubro.

Para se ter uma ideia da magnitude desse número, a cidade de São Paulo, a maior do Brasil, tem uma demanda média de eletricidade que varia entre 10 a 12 GWmed por mês.

Setembro também registrou um recorde de demanda de energia devido ao calor em comparação com anos anteriores.

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Luiz Carlos Ciocchi, diretor-geral do ONS, destacou que o Sistema Interligado Nacional (SIN) conseguiu atender a esse aumento na demanda de forma satisfatória. Ele também enfatizou que os níveis dos reservatórios das hidrelétricas estão em boas condições para lidar com esse aumento.

Segundo Ciocchi, a perspectiva é positiva, especialmente quando a estação chuvosa começar, pois os reservatórios devem estar em uma situação mais confortável do que em anos anteriores. Até o final de outubro, três dos quatro subsistemas considerados pelo ONS terão reservatórios com níveis acima de 60%, sendo no Sul (95,8%); Sudeste/Centro-Oeste (66,5%); Nordeste (61,3%) e Norte (57,6%).

Vale ressaltar que o período tradicionalmente seco, com baixa precipitação, se encerra em outubro, e o ONS prevê que terminará com os níveis de água nos reservatórios mais altos registrados nos últimos 14 anos.

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