O Fundo Garantidor de Créditos (FGC), responsável por cobrir perdas de depositantes em caso de quebra de instituições financeiras, estima que os desembolsos com liquidação extrajudicial do Banco Master, Banco Master de Investimento, Banco Lestsbank, e Master Corretora de Câmbio ficará em cerca de R$ 41 bilhões e poderá alcançar perto de R$ 49 bilhões.
O diretor-presidente do FGC, Daniel Lima, disse à Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado, que esse montante pode se aproximar dos R$ 49 bilhões se o regime de administração temporária especial (Raet) decretado no Banco Master Múltiplo não tiver o resultado desejado e o banco também tiver de ser liquidado.
QUANTIA EM BILHÕES
Por enquanto, o FGC trabalha com a estimativa de R$ 41 bilhões, que sairão dos R$ 122 bilhões da reserva de liquidez composta por contribuições dos bancos associados para evitar risco sistêmico em situações como essa. De qualquer forma, esse será o maior desembolso feito pelo FGC nos 30 anos de sua criação no atual formato.
O único paralelo em termos de porte de desembolso, de acordo com Lima, é a quebra do Bamerindus, na década de 1990, quando o FGC havia acabado de ser criado.
Ajustado à inflação, esse seria o caso de porte comparável, mas, ao mesmo tempo, todas as demais condições do sistema financeiro e bancário eram completamente diferentes, diz.