A presidente do Conselho de Administração do Grupo Santander, Ana Botín, compartilhou uma visão otimista sobre o Brasil e a América Latina em uma recente declaração. Ela destacou vários fatores que, em sua avaliação, podem impulsionar o Brasil em direção a um ciclo virtuoso de crescimento econômico, algo que não era observado há anos.
Algumas das principais observações feitas por Ana Botín incluem a redução do custo da dívida interna no Brasil, que deve contribuir para melhorar a situação fiscal do país; a perspectiva do país entrar em um ciclo de crescimento econômico com uma moeda estável, taxas de juros mais baixas e espaço fiscal para simplificar o sistema tributário e aumentar os investimentos.
Ela citou ainda a decisão do Banco Central do Brasil, que já começou a reduzir as taxas de juros, potencialmente beneficiando as contas públicas, além do otimismo de que o Brasil crescerá a uma taxa de 3% e a ênfase na importância de retornar ao crescimento econômico para equilibrar as contas fiscais.
"O Brasil vai crescer 3%. O mais importante é que voltemos a crescer. As contas fiscais vão se equilibrar se formos capazes de crescer, uma vez que existam receitas. O Brasil tem instituições fortes, não apenas o Banco Central, mas também políticas, com muitos "checks, and balances", como o Congresso. É um país que quase sempre chega a consensos", disse.
Destaques para o Brasil, como inflação controlada, uma matriz energética limpa considerada uma vantagem competitiva e reformas digitais, como o sistema de pagamento instantâneo Pix, que podem aumentar a produtividade do país.
Ana Botín concluiu afirmando que a perspectiva do Grupo Santander é muito positiva em relação ao Brasil e às oportunidades que o país oferece."