O mercado financeiro teve um dia de otimismo, com a bolsa de valores ultrapassando a marca dos 114.610 mil pontos e alcançando o maior nível desde novembro. Foi uma alta de 1,7%. A queda da inflação e um cenário internacional favorável influenciaram esse desempenho positivo. Segundo dados da plataforma TradeMap, essa foi a maior pontuação de fechamento alcançada pelo indicador, desde o dia 8 de novembro de 2022, quando registrou 116.160 pontos.
O índice Ibovespa, da B3, fechou esta terça-feira (6) com alta de 1,7%, atingindo os 114.610 pontos. Essa marca é a mais alta desde novembro do ano passado, apenas uma semana após as eleições presidenciais de 2022. No mercado cambial, o dólar apresentou sua quarta queda consecutiva e se aproximou da marca de R$ 4,90. O cenário internacional favorável foi um dos fatores que contribuiu para essa tendência.
O dólar comercial encerrou o dia vendido a R$ 4,912, registrando uma queda de R$ 0,018 (-0,37%). Durante o dia, a cotação chegou a atingir R$ 4,90, o menor nível desde 15 de maio, quando fechou em R$ 4,88. Em junho, a moeda norte-americana acumula uma queda de 3,17%, enquanto ao longo de 2023, a queda chega a 7%.
Dois fatores foram relevantes pelo otimismo no mercado financeiro. No Brasil, a divulgação do índice IGP-DI pela Fundação Getulio Vargas (FGV), que registrou uma deflação de 2,33% em maio, animou os investidores. Esse forte recuo da inflação aumenta as chances de o Banco Central antecipar a redução da taxa de juros, o que incentiva investimentos mais arriscados, como ações na bolsa de valores.
No cenário internacional, o dólar teve um dia favorável para os países emergentes. A expectativa de que o Federal Reserve (Fed), o Banco Central norte-americano, não eleve os juros em sua próxima reunião reduziu as pressões sobre a moeda norte-americana em todo o mundo, principalmente nos países em desenvolvimento. O real foi uma das moedas que mais se valorizou nessa terça-feira, beneficiado pela entrada de investimentos estrangeiros no Brasil.
Até o mês de maio, o IGP-DI revelou uma queda de 3,56%. Em 12 meses, o recuo é de 5,49%, sendo a maior queda do indicador em toda série. Entre as ações que apontam as maiores altas estão Assaí (ASAI3, 14,70%), Carrefour (CRFB3, 10,91%) e Azul (AZUL4, 10,50%). As baixas mais significativas ficaram com a empresa de petróleo e gás Prio (PRIO3), -3,03%), Cielo (CIEL3, -2,54%) e São Martinho (SMTO3, -1,05%).