A Bolsa de valores brasileira registrou sua maior alta mensal em três anos, enquanto o dólar encerrou o mês de novembro cotado a R$ 4,915. A valorização da moeda norte-americana foi impulsionada pelos dados de inflação nos Estados Unidos, com o índice de preços dos gastos com consumo (PCE) mantendo-se inalterado em outubro, acumulando uma alta anual de 3%, a menor taxa desde março de 2021.
Este movimento de fortalecimento do dólar é comum neste período do ano, quando empresas e fundos tendem a aumentar a demanda pela moeda americana para preparar remessas de recursos para o exterior.
Além disso, a Bolsa brasileira foi influenciada pelo cenário internacional, com a perspectiva de desaceleração gradual do crescimento econômico global. A redução do risco fiscal também contribuiu para o otimismo no mercado de ações, com membros do governo afirmando que a meta de superávit primário para 2024 será mantida.
No entanto, a questão fiscal continua no radar dos investidores, visto que o Senado aprovou recentemente o projeto sobre tributação de fundos exclusivos e de offshores, aguardando agora a sanção presidencial. O Citi, em relatório aos clientes, alertou para a necessidade de o governo aprovar diversas medidas para viabilizar a meta fiscal.
À medida que o mercado se volta para o último mês do ano, as negociações serão influenciadas por dados macroeconômicos e corporativos. O foco estará no relatório de emprego (payroll) dos EUA, com os investidores atentos à resiliência do mercado de trabalho, o que pode impactar a direção da política monetária do Federal Reserve, o banco central americano.