Após ordem de Lula, Caixa suspende cobrança de PIX para pessoa jurídica

Presidente da Caixa disse que os demais bancos já cobram tarifa das operações PIX de pessoas jurídicas.

Caixa suspende cobrança de taxa sobre PIX | Marcelo Camargo/Agência Brasil
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A Caixa Econômica Federal anunciou a suspensão da cobrança para transferência feitas via PIX de clientes com conta de pessoa jurídica na instituição finaceira. De acordo com o banco público, a taxa iria começar a ser cobrada no dia 19 de julho e, de acordo com a CEF, a taxa é praticada por "praticamente todas as instituições financeiras".  Segundo informações do ministro da Casa Civil, Rui Costa, a suspensão ocorreu após solicitação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

A decisão será discutida depois da viagem do presidente Lula da Europa, na próxima semana. A Caixa esclareceu que suspendeu a cobrança para que os clientes  da instituição possam se adaptar à regra. “Foi pedido que suspendesse temporariamente a decisão da Caixa até o presidente estar de volta semana que vem”, afirmou Costa em rápida entrevista a jornalistas. 

“Então vamos aguardar o retorno do presidente para avaliar essa medida. O presidente que pediu.” Em nota emitida pelo banco, em razão da proliferação de conteúdos inverídicos que provocaram especulações, a suspensão tem como objetivo aumentar o prazo para que os clientes tenham mais tempo para se adequar e obter mais informções e esclarecimentos a respeito do assunto.

"A medida visa ampliar o prazo para que os clientes possam se adequar e receber amplo esclarecimento do banco sobre o assunto, dada a proliferação de conteúdos inverídicos que geraram especulação. A decisão da Caixa de cobrar pelo serviço estava definida desde o ano passado e não foi executada devido à necessidade de adequação dos sistemas internos", informou a Caixa em nota.

O ministro Rui Costa disse ter tratado do assunto com a presidenta da Caixa, Rita Serrano, que ficou surpresa com a repercussão da medida, já que os demais bancos executam a tarifa das operações Pix de pessoas jurídicas, mediante autorização do Banco Central (BC). “A informação que Rita Serrano me passou foi a de que todos os bancos já cobram essa taxa de empresas de pessoa jurídica. O único banco que não cobrava era a Caixa por questão técnica, de tecnologia”, explicou. “Ela não esperava que tivesse esse alcance, essa repercussão, a definição da Caixa em acompanhar os outros bancos.”

Em comunicado, a Caixa informou que não faz cobrança de tarifa pix e anunciou na última segunda-feira,19, que a cobrança do PIX seria em cima de transferências de pessoas jurídicas no dia 19 de julho. A instituição financeira negou as falsas notícias de que pessoas físicas também seriam tarifadas.

“A Caixa não realiza cobrança de tarifa Pix de seus clientes pessoa física, de microempreendedores individuais (MEI) e de beneficiários de programas sociais”, destacou o comunicado. A Caixa também destacou que a cobrança de Pix de empresas é autorizada desde a criação do aplicativo de transferência bancária, em novembro de 2020 e que ela vai oferecer uma das menores tarifas do mercado.

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