Após 2º turno, mercado espera anúncio de corte de gastos

A expectativa é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha um encontro com Lula nesta terça-feira (29).

Mercado espera corte de gastos públicos | José Cruz/Agência Brasil
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O retorno do ministro Fernando Haddad e as expectativas do mercado financeiro sobre a contenção de gastos públicos são temas de grande relevância após o segundo turno. O governo tem sido pressionado a apresentar medidas de ajuste fiscal, principalmente após as declarações da ministra do Planejamento, Simone Tebet, indicando que propostas seriam levadas ao Congresso após as eleições. No entanto, o presidente Lula, sensível aos impactos que cortes poderiam ter na população mais vulnerável, ainda precisa aprovar tais propostas.

Encontro

A expectativa é que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tenha um contro com Lula nesta terça (29). Hoje, dia 27, Lula esteve com a presidente do PT, Gleisi Hoffmanncrítica do corte de despesas. No entanto, analistas cobram medidas para reduzir o crescimento dos gastos públicos, especialmetne nos últimos meses, em que ficou comprovado o aumento da dívida pública e com o uso de artifícios por parte do governo, como gastos fora da meta fiscal e até mesmo do orçamento.

Analistas

Segundo os economistas Armando Castelar Pinheiro e Silvia Matos, em análise registrada no boletim Macro de outubro da FGV Ibre, o ajuste nas contas públicas é "necessário e urgente". Eles justificam que desde 2022, o Brasil vem passando por deterioração fiscal com aumento de gastos e o crescimento da dívida pública.

Cenário internacional

Os analistas explicam que a "piora do humor internacional", com informações negativas a respeito das eleições americanas e a economia chinesa, ajuda a explicar a piora na curva de juros e a alta do dólar.

Regras

Entretanto, alguns gastos têm regras específicas (distintas das do arcabouço) e, por isso, têm apresentado crescimento anual acima dos 2,5% limite para as despesas totais do governom, que são as aposentadorias dos trabalhadores (vinculadas ao salário mínimo), as despesas em saúde e educação, as emendas parlamentares (indexadas à arrecadação).

Faltou dinheiro

Nos últimos anos da gestão Bolsonaro, faltou dinheiro para alguns alguns ministérios, como defesa agropecuária; bolsas do CNPq e da Capes; Pronatec; emissão de passaportes; programa Farmácia Popular; bolsas para atletas, fiscalização ambiental e do trabalho, entre outros.

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