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Apagão em SP pode gerar prejuízo de R$ 100 milhões ao setor de restaurantes, aponta entidade

5 mil estabelecimentos foram atingidos na capital paulista, em municípios da região metropolitana e parte do interior. Muitos continuavam no escuro nesta sexta, dois dias após o ciclone

Ventania derrubou árvores e causou estragos em SP | Foto: Reprodução
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A falta de energia elétrica após tempestades e a passagem de um ciclone extratropical em São Paulo pode causar um prejuízo de até R$ 100 milhões aos setores de alimentação e hospedagem. A estimativa foi publicada pela Federação de Hotéis, Restaurantes e Bares do Estado de São Paulo (Fhoresp) nesta sexta-feira (12). 

5 MIL ESTABELECIMENTOS 

Segundo a entidade, 5 mil estabelecimentos foram atingidos na capital paulista, em municípios da região metropolitana e parte do interior. Muitos continuavam no escuro nesta sexta, dois dias após o ciclone. A Fhoresp ressalta que a economia costuma aquecer neste período do ano, com férias escolares e compras de Natal, mas estabelecimentos perderam produtos e clientes, o que coloca os empregos do setor em risco. 

“Estamos próximos de um fim de semana que deveria ser de alta lucratividade para muitos estabelecimentos. Mas, para milhares deles, serão dias de portas fechadas, de tristeza. É quase um luto. E quem é que arca com esse prejuízo todo? O empresário vai, mais uma vez, pagar a conta de uma falta de responsabilidade e de respeito por parte da concessionária de energia, que continua fazendo o que bem entende, sem sanção alguma?”, questiona o diretor executivo da federação, Edson Pinto, em crítica à concessionária Enel.

PREJUÍZOS 

A Fhoresp orienta que as empresas afetadas pelo apagão recorram à Justiça. A indicação é reunir provas dos prejuízos para abrir ações de ressarcimento pelos dias com portas fechadas e perda de mercadorias ou equipamentos.

Até o final da tarde desta sexta-feira, cerca de 730 mil imóveis continuavam sem energia na capital paulista e região metropolitana.

Prejuízo no setor comercial

Na quinta-feira (11), o Instituto de Economia Gastão Vidigal da Associação Comercial de São Paulo (IEGV/ACSP) estimou que o comércio da Grande São Paulo pode ter deixado de faturar até R$ 51,7 milhões devido à falta de energia. A estimativa, baseada no volume movimentado diariamente na cidade e no entorno.

Segundo o economista da ACSP, Ulisses Ruiz de Gamboa, os prejuízos são difíceis de mensurar porque os efeitos do ciclone não foram homogêneos na capital, e várias regiões ainda não tiveram o restabelecimento completo da energia.

O impacto se dá, principalmente, pela redução das compras imediatas e das aquisições por impulso dos consumidores, afirma.



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