A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) divulgou nesta quarta-feira, 19, os dados do Relatório Anual de Exploração 2022, apresentando uma previsão de investimentos significativos na fase de exploração de petróleo e gás natural até 2027. De acordo com o relatório, espera-se um total de R$ 20,5 bilhões em investimentos, dos quais R$ 19,25 bilhões (94%) serão destinados à perfuração de poços em ambiente marítimo.
As projeções da ANP revelam que R$ 11 bilhões serão investidos nas bacias marítimas da margem equatorial, enquanto R$ 8,5 bilhões serão direcionados à margem leste. A bacia da foz do Amazonas é a que concentra o maior volume de investimentos, seguida pelas bacias de Campos e Santos.
Edson Montez, coordenador-geral de Regulação e Gestão da Informação na Superintendência de Exploração da ANP, destacou a importância desses investimentos, afirmando que eles refletem o interesse do mercado em avançar na exploração e melhorar o desempenho do setor. Ele mencionou que, em 2022, foram perfurados 23 poços, enquanto estão previstos 32 poços exploratórios em 2023 e 36 poços em 2024, com muitos deles concentrados em bacias de nova fronteira.
“A partir da previsão dos investimentos, o mercado sinaliza, de fato, o seu interesse em avançar na exploração e melhorar o desempenho na medida em que tivemos 23 poços perfurados em 2022 e previsão de 32 poços exploratórios em 2023 e 36 poços em 2024. Boa parte desses poços está concentradas em bacias de nova fronteira”, disse o coordenador-geral de Regulação e Gestão da Informação na Superintendência de Exploração da ANP, Edson Montez.
O relatório também revelou um aumento no número de blocos sob contrato na fase de exploração. No final do ano passado, havia 295 blocos, um aumento de 24% em relação a 2021, quando havia 238 blocos. Desses, 157 estão localizados em bacias terrestres e 138 em bacias marítimas. Montez atribui esse aumento ao preço médio do barril de petróleo, que chegou a US$ 100 em 2022.
A fase de exploração é o estágio inicial em que as empresas assinam contratos para exploração e produção de petróleo e gás natural. Durante essa etapa, são realizados estudos e atividades, como levantamentos sísmicos e perfuração de poços, para detectar a presença de recursos em quantidade viável economicamente. Caso a exploração seja bem-sucedida, a empresa apresenta uma declaração de comercialidade à ANP, e o bloco em questão passa para a fase de desenvolvimento e produção. Em caso de resultados negativos, a empresa pode devolver o bloco à ANP.