Em 2021, o Piauí assumiu o primeiro lugar, posição que ainda ocupa, entre os estados brasileiros que mais exportaram mel orgânico, sobretudo, para os Estados Unidos e para a Europa, de acordo com dados do Ministério da Economia.
O resultado atingido tem uma importante contribuição do PVSA que aportou recursos que viabilizaram a aquisição de 27 mil colmeias e a construção ou reforma de 39 centros de processamento de mel (casas de mel), além de investimentos em automação de processos manuais e aquisição de equipamentos e veículos, que contribuíram para a ampliação da produção e a melhoria da agroindustrialização.
Massapê produziu 27 toneladas de mel
No município de Massapê, a Associação de Apicultores da Data Boa Vista (Abomel) organiza 35 produtores e vem batendo recordes de produção.
Cerveja a base de Caju
A AMBEV passou a produzir no Piauí uma cerveja a base de caju, com boa parte da fruta utilizada adquirida de produtores beneficiários do Viva o Semiárido. Foi possível oferecer um produto de qualidade para a cervejaria graças aos investimentos na agroindustrialização,
Considerada frágil, a produção de caju carecia de organização na cadeia produtiva, principalmente depois do período de seca que se prolongou de 2012 a 2019, o que dizimou muitos pomares. Os aportes do Projeto na cajucultura resultaram na recomposição dos pomares de cajueiros; inovação tecnológica com uso de hidrogel, importante para manter a umidade do cajueiro especialmente no período da estiagem; e modernização do processo de beneficiamento de castanhas, com aquisição de máquinas e equipamentos para automação para atividades que antes eram manuais.
Produção limpa de mandioca
A mandiocultura tem considerável potencial de poluição ambiental. Em razão disso, o Projeto procurou qualificar e modernizar os processos dada a importância econômica deste cultivo para as famílias.
Os recursos aportados modernizaram as plantas de produção de cinco comunidades e introduziu inovações tecnológicas como a propagação rápida de maniva com uso da biotecnlogia, implantação de duas Unidades de Transferência de Tecnologia, além do tratamento de efluentes das agroindústrias de processamento - casas de farinha com o uso de biodigestores.
Quintais Produtivos
Uma das apostas do Viva o Semiárido foi o projeto Quintais Produtivos, que obteve resultados positivos para as mulheres rurais. A ação reforçou o papel das mulheres na produção e segurança alimentar das famílias e tem como característica a multiplicidade de atividades como plantio de hortaliças; criação de pequenos animais, como aves e suínos; pomares; criação de peixes, além da venda, troca e consumo das famílias.
Muitos desses quintais se beneficiarem da ferramenta Cadernetas Agroecológicas, em cooperação com o programa Semear Internacional, também financiado pelo FIDA e executado pelo IICA no componente de gestão do conhecimento. Foram implantados 503 quintais produtivos, 352 dos quais protagonizados por mulheres.
Piscicultura
Tilápias e Camarões: Atividade pouco difundida e com limitações pela pouca disponibilidade hídrica da região, a piscicultura foi uma aposta do Projeto. Os aportes resultaram na ampliação dos cultivos e na introdução de técnicas de beneficiamento que agregaram valor de mercado, como a filetagem da Tilápia.
Investimentos em tecnologias sociais como reúso de água, implantação de sistemas de energia solar experimentais, fogões ecológicos foram adotadas em vários componentes do projeto e estão em linha com as práticas recomendadas para a adaptação ás mudanças climáticas.