O prefeito de Teresina, Dr. Pessoa, recebeu hoje (13) cinco representantes do grupo que invadiu os imóveis do Parque Brasil na última semana. A reunião aconteceu no Salão Nobre do Palácio da Cidade.
As famílias que participaram da ocupação irregular foram retiradas dos imóveis do Parque Brasil, por ordem judicial, na quarta-feira (11), seis dias após a invasão.
A Prefeitura realizou o cadastro de quase 200 famílias para que sejam atendidas em futuros programas habitacionais, caso seja comprovada a situação de vulnerabilidade social.
“Nós estamos abertos a dialogar. Vamos trabalhar em uma programação de habitação para a cidade, em conjunto com os poderes estadual e municipal. Precisamos que o diálogo seja democrático e resolutivo”, declarou o prefeito, que prometeu uma solução efetiva o mais rápido possível.
O vice-prefeito, Robert Rios, destacou que a Prefeitura reconhece o déficit habitacional da cidade e está tomando providências, mas enfatizou que ocupações irregulares não são a solução.
“Aqui é uma casa de conversação, de diálogo e entendimento. Estamos procurando formas de ofertar novas moradias, mas não é na truculência que se consegue casa”, afirmou Robert Rios.
O vice-prefeito anunciou que a Prefeitura criará, no próximo ano, o Fundo Social, para melhorar residências de quem mora em casas precárias. “O objetivo é que não tenhamos mais casas de palha em Teresina, casas com risco de cair”, disse.
Os representantes da ocupação ressaltaram que o objetivo da invasão não foi prejudicar os proprietários já sorteados para os imóveis do Parque Brasil, mas sim pedir socorro, diante da situação difícil.
O secretário de Planejamento, João Henrique Sousa, explicou que a demora para a entrega das moradias aos proprietários se dá por questões burocráticas, mas enfatizou que todos os imóveis serão destinados a pessoas que realmente necessitam e que já tiveram seus processos aprovados pela Caixa Econômica.
“Os prédios do Parque Brasil foram erguidos com financiamento do Banco Mundial, através do Programa Lagoas do Norte, e estendemos para outras famílias socialmente desamparadas, com cadastro e análise detalhada de documentação. Isso é um procedimento legal e que deve ser mantido, pois não podemos deixar de lado essas famílias que aguardam sua casa ou apartamento a alguns anos. O prefeito Dr Pessoa é sensível a essa temática de habitação para a população de baixa renda e estamos mergulhados nessa tratativa. Já foi iniciado a listagem dos que realizaram a invasão e está sendo feito um cadastro para inclusão das pessoas que não possuem imóvel em um novo projeto de habitação”, explicou João Henrique Sousa.
O secretário de Desenvolvimento Urbano e Habitação, Edmilson Ferreira, considerou positiva a reunião. “Deixamos bem claro que estamos reunindo esforços para resolver o problema e já vamos fazer uma reunião com outras pastas para traçar estratégias”, finalizou.