Detentos com transtornos mentais ainda não possuem atendimento adequado no PI

Os detentos já têm dois hospitais que podem ser encaminhados, os hospitais Areolino e o Valter Alencar

Francisco Campelo Filho | Reprodução
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A Comissão de Diretos Humanos do Piauí (OAB-PI) mobilizou a Secretaria de Justiça para que detentos que apresentam transtornos mentais sejam encaminhados para o Hospital Areolino de Abreu devido à falta de estruturas do Hospital Penitenciário Valter Alencar.

O grande problema desta medida é que o Areolino de Abreu, por ser um único hospital psiquiátrico para atender a população piauiense, já possui superlotação. Dos 160 leitos do local, 38 são destinados a detentos com transtornos mentais.

Segundo Leda Trindade, gerente de saúde mental da SESAPI, os detentos já têm dois hospitais que podem ser encaminhados, os hospitais Areolino e o Valter Alencar, já as pessoas que não são detentas só possuem uma opção.

"Se todos os presos forem encaminhados para o Areolino a situação será de caos, já que hospital não teria condições nem de atender os detentos e nem a sociedade", afirma Trindade.

Outro problema é que o paciente só tem data de entrada e não de saída. E em relação aos detentos, é necessária uma segurança reforçada. A Comissão de Direitos Humanos está ciente do problema, mas alerta sobre a importância da construção de um hospital psiquiátrico para detentos.

"A maioria dos detentos que possuem transtornos mentais cometeu crimes bárbaros, na falta de um atendimento adequado isso se torna um risco para a sociedade", diz Francisco Campelo Filho, presidente da Comissão de Direitos Humanos.

Campelo Filho alerta também que é necessária a participação da família no atendimento aos pacientes com esse perfil. A maioria dos detentos que recebem alta sofrem rejeição de parentes e passam a viver nas ruas, o que propicia que tais indivíduos voltem a cometer crimes semelhantes aos já efetuados.

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