Desmatamento na Amazônia tem queda de 33,6% no primeiro semestre de 2023

Os números são considerados preliminares e foram coletados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Inpe.

Desmatamento na Amazônia tem queda de 33,6% no primeiro semestre de 2023 | Shutterstock
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O desmatamento na Amazônia caiu 33,6% no primeiro semestre de 2023 em relação ao mesmo período do ano passado, indicam dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta quinta-feira (06) pelo Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Os números são considerados preliminares e foram coletados pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) do Inpe, que monitora alterações na cobertura florestal.

De acordo com os dados, a redução do desmatamento na Amazônia é um sinal positivo, uma vez que a região tem sido alvo de preocupações internacionais devido à degradação ambiental. Somente no mês de junho, a diminuição foi ainda mais expressiva, atingindo uma queda de 41% em comparação com junho de 2022. Essa redução representa o menor nível de devastação registrado desde 2018.

De acordo com José Paulo Capobianco, secretário executivo do ministério, essa redução é relevante, pois reverte a tendência de crescimento observada no segundo semestre de 2022, quando houve um aumento de 54% na área sob alerta de desmatamento na Amazônia. Junho é considerado um dos meses de maior risco de desmatamento devido ao período seco, tornando a queda de 41% na área sob alerta ainda mais significativa em comparação ao ano passado.

Capobianco ressaltou que esses números são especialmente confiáveis, uma vez que o período de baixa incidência de nuvens na Amazônia permite uma maior assertividade dos dados obtidos pelo satélite. Ele enfatizou a importância da redução expressiva durante um mês historicamente marcado por aumento no desmatamento.

No entanto, é importante ressaltar que a queda no desmatamento ainda não garante uma diminuição no balanço anual das áreas sob alerta. Os registros são contabilizados entre 1º de agosto de um ano e 31 de julho do ano seguinte, o que significa que os seis últimos meses do governo anterior ainda serão considerados nos dados definitivos que serão divulgados em novembro deste ano.

O balanço apresentado revelou que o estado de Mato Grosso ultrapassou o Pará como o estado com a maior área sob alerta de desmatamento, correspondendo a 34% do total registrado. Mato Grosso apresentou um aumento de 7,1% na área sob alerta no primeiro semestre de 2023, contrariando a tendência regional.

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