A Comissão Nacional de Energia Nuclear (CNEN) confirmou nesta sexta-feira (21) que monitora a situação da usina Angra 2 após um vazamento ser detectado em dezembro do ano passado. Segundo a nota, ainda não existe risco iminente de liberação de radioatividade para o meio ambiente, mas manual da usina prevê que ‘reparo seja feito o mais rápido possível'.
O vazamento de líquido aconteceu em um primeiro selo do núcleo. No total, dois selos e um dreno protegem a vedação do equipamento, impedindo que radioatividade se espalhe dentro da contenção de concreto e que um acidente nuclear mais grave, conhecido como LOCA (Loss of Coolant Accident, ou perda de líquido de arrefecimento, em português) aconteça.
SELOS
O vazamento do primeiro selo é previsto no manual como um acidente “relevante”, mas de reparo simples. Simples, mas caro. A usina precisaria ser desligada para a troca do selo.
Com o primeiro selo rompido, o líquido refrigerante circula na primeira câmara, mas um dreno impede que algum problema mais sério ocorra logo a curto prazo. O funcionamento com o dreno é viável, mas não pode se alongar.
DETALHES DO MANUAL
O desligamento da usina e a troca do selo por um sobressalente (como chamam a peça de substituição), precisa acontecer antes que o dreno fique sobrecarregado e outras peças dentro do núcleo sejam prejudicadas pela umidade.
O manual não fala por quanto tempo em “modo estepe” ele conseguiria garantir a segurança do núcleo.
O selo “reserva” é considerado material de compra obrigatória, pois essa peça, em específico, é tida como “ponto único de vulnerabilidade” nos critérios de segurança nuclear.
Com informações do R7.