Ciclone extratropical faz Inmet emitir “alerta vermelho” para SC e RS

Região metropolitana de Porto Alegre pode enfrentar ventos muito fortes, atingindo até 110 km/h.

Ciclone provocou transtornos em cidades catarinenses e gaúchas | Júlio Cavalheiro/Secom
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O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) emitiu sinal de "alerta vermelho" com a chegada de um ciclone extratropical ao Rio Grande do Sul e Santa Catarina, devido ao perigo representado pelas intensas tempestades e vendavais. A coordenadora-geral do Inmet, Marcia Seabra, informou à população que a região metropolitana de Porto Alegre pode enfrentar ventos muito fortes, atingindo até 110 km/h.

É recomendado que os moradores das áreas por onde o ciclone deve passar se cadastrem no serviço de recebimento de alertas da Defesa Civil. Basta enviar um SMS com o CEP da residência para o número 40199. Essas mensagens são enviadas sempre que necessário e servem como medida preventiva em caso de ocorrências graves, que possam causar danos à população.

Segundo a MetSul, são esperadas condições severas de tempo no final da tarde e noite desta quarta-feira (12) no nordeste da Argentina, Paraguai e oeste do Sul do Brasil. O principal risco é de vendavais e fenômenos isolados graves, como tornados ou correntes de vento descendentes violentas (microexplosões). O cenário, embora menos grave do que há três anos, é semelhante ao do ciclone bomba de 30 de junho de 2020, quando uma linha de instabilidade associada ao ciclone avançou pela mesma região, de acordo com a MetSul.

"O risco principal é de vendavais e fenômenos isolados severos como tornados ou correntes de vento descendentes violentas (micro-explosões). O cenário, embora menos grave que há três anos, guarda semelhança com o do ciclone bomba de 30 de junho de 2020, quando uma linha de instabilidade associada ao ciclone avançou pela mesma região", garante a MetSul em nota.

De acordo com a cronologia, nesta quarta-feira, 12, os ventos ficam mais intensos durante a tarde e noite, chegando até 110 km/h no leste do Rio Grande do Sul e nas áreas serranas do estado. Nesta quinta-feira, 13, o ciclone permanece intenso no Rio Grande do Sul, e se encaminha para Santa Catarina, onde deve provocar ressaca na faixa litorânea, principalmente entre Laguna (SC) e Campos dos Goytacazes (RJ), onde as ondas podem chegar até 4 metros. A ressaca é um fenômeno formado pelo movimento anormal de ondas e que podem causar inundações, já que a ventania pode aumentar o nível do oceano.

Ainda na quinta-feira, são esperadas rajadas extremamente fortes, mas a chuva deve diminuir. O ciclone se afasta gradualmente da costa e a chuva diminui na maioria dos locais. Em várias áreas do Sul do Brasil, inclusive, a chuva para e podem ocorrer aberturas, de acordo com o serviço de meteorologia.

A Marinha do Brasil, por meio de nota à imprensa, pediu aos navegantes que consultem as informações meteorológicas antes de embarcar. Na faixa litorânea dos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina, entre Chuí (RS) e Laguna (SC), os ventos serão de direção sudeste a nordeste, com intensidade de até 100 km/h (55 nós), e posteriormente de direção noroeste a sudoeste, com intensidade de até 115 km/h (63 nós), desde a manhã desta quarta-feira até a manhã de sábado (15).

Em Santa Catarina, por conta do ciclone, muitas rodovias foram interdidatas, houve deslizamentos e as equipes da Secretaria de Estado da Infraestrutura atuam para liberar as rodovias o mais rapidamente possível e a Polícia Militar Rodoviária monitora a situação. Já no Rio Grande do Sul, a Prefeitura de São Leopoldo suspendeu as aulas na rede municipal até quinta-feira, 13, e a orientação foi repassada para escolas particulares.

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