A tendência de aumento de chuvas e secas extremas no Brasil está se tornando uma preocupação cada vez maior. No Rio Grande do Sul, onde uma série de inundações já deixou dezenas de mortos e milhares de pessoas afetadas, o volume de tempestades deve aumentar em 60% em algumas cidades até 2040, segundo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Esses dados foram incorporados ao Plano Nacional de Proteção e Defesa Civil pelo governo federal.
LITORAL NORDESTINO EM ALERTA: Os pesquisadores apontam que as regiões com maior probabilidade de chuvas extremas até meados do século estão localizadas no nordeste do Rio Grande do Sul e no centro-sul de Santa Catarina, com percentuais que variam entre 40% e 60%. Já no restante do Rio Grande do Sul, as chuvas tendem a aumentar entre 20% e 40%. Situação semelhante é prevista para o litoral do Rio Grande do Norte, Ceará, Maranhão e Bahia.
ESTUDO ACADÊMICO: O estudo desenvolvido por pesquisadores de diversas universidades, como a PUC-Rio, Uerj, UFRB, Metodista e Fiocruz, em colaboração com o Inpe, indica ainda uma redução significativa de chuvas nas regiões do norte de Minas Gerais e sul da Bahia, com queda de até 20% no volume total de precipitações e até 60% nas chuvas intensas até 2040.
DESASTRES CLIMÁTICOS: Além do aumento nas chuvas extremas, o levantamento revela que 3.290 cidades brasileiras têm uma capacidade muito baixa de resposta a desastres climáticos. O Índice de Capacidade Municipal (ICM) mostra que a maioria das cidades no Rio Grande do Sul possui uma capacidade intermediária de respostas, enquanto as regiões do Centro-Oeste e Nordeste apresentam os piores índices. A combinação de diferentes variáveis climáticas influencia diretamente o risco de ocorrências como inundações, deslizamentos ou secas em quase todo o país.
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