Pelo menos duas pessoas morreram em Alagoas em decorrência das cheias dos rios, informou o boletim da Defesa Civil atualizado na última sexta-feira (1º). Um óbito foi confirmado na cidade de Coruripe e outro em São Miguel dos Campos. Ainda de acordo com o órgão, 33.091 pessoas estão desalojadas e 6.192, desabrigadas. Com informações da Gazeta Web.
O número, no entanto, pode ser ainda maior porque “alguns municípios não tiveram seus dados coletados”. Até o momento, mais de 50 municípios estão em situação de emergência. O boletim mostra, ainda, que 29 cidades foram as mais afetadas pelas fortes chuvas que caem no Estado.
A previsão, no entanto, é de redução do volume de chuvas, mas elas continuarão a cair no estado nas próximas horas, segundo a Secretaria de Estado do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh).
O coordenador da Sala de Alerta da Semarh, Vinícius Pinho, declarou que a previsão é de que nível de chuvas caia significativamente em Alagoas. Porém, a preocupação é que as chuvas em Pernambuco continuem a impactar os rios alagoanos. “Nos últimos 60 dias, tivemos um volume de chuvas de 1.000 mm, o que corresponde ao esperado para o ano inteiro. Só nesses últimos dois dias choveu 75% do que estava previsto para todo o mês de julho”.
Os Rios Paraíba e Mundaú transbordaram e subiram dois metros de altura. As BRs 104 e 101, que seguem em direção a Sergipe e Pernambuco, foram interditadas.
Por causa da lama e sujeira da chuva levada para os mananciais, as estações de captação, elevatórias e de tratamento de água tiveram seu funcionamento comprometido, diz o governo.
Dessa forma, a Casal (Companhia de Saneamento de Alagoas) suspendeu ou restringiu o abastecimento em Arapiraca, Palmeira dos Índios, Capela, Quebrangulo, Colônia Leopoldina, Passo de Camaragibe, Novo Lino e Ibateguara.
Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o mês de julho terá chuvas acima da média no leste do Nordeste e no norte da Região Nordeste. Os volumes previstos devem ficar acima dos 140 mm.