O Centro Integrado de Reabilitação (Ceir) aproveitou o Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado neste sábado (21), para anunciar que passará a atender pacientes com deficiência intelectual do espectro autista e Síndrome de Down.
O serviço começará a funcionar a partir do mês de abril, mas o centro já realiza a triagem de pacientes pelo sistema online do SUS, que fornece tratamento nas mais diversas áreas.
A expectativa é que o número de atendimentos mensais dobrem com a realização do serviço, que permitirá a integração social de pessoas com síndrome de down e outros tipos de deficiência mental.
O Piauí possui um número muito grande de pessoas com déficit intelectual, que até então só podiam contar com a reabilitação voltada para a área educacional.
Os pacientes continuarão contando com esta assistência e, a partir de abril, também poderão recorrer ao Ceir para adquirir serviços de reabilitação voltada para a saúde deste público.
“É uma reabilitação voltada para fortificar a saúde deste paciente”, conta a psicóloga Maria Andreia da Nóbrega Marques, que também é gerente de reabilitação intelectual do Ceir.
Apenas no setor de reabilitação física, o Ceir realiza mais de mil atendimentos por mês, incluindo consultas médicas, orientações, grupos e terapia individual. A direção do centro espera que o atendimento de reabilitação intelectual tenha a mesma média de pacientes mensais.
Ou seja, a perspectiva é que a capacidade de atendimento do Ceir dobrará de tamanho a partir do próximo mês. A capacitação de novos profissionais está em pleno vapor e deve se estender pelos próximos meses.
“O Ceir tem a felicidade de contar com profissionais de excelência. Não estamos medindo esforços para melhorar ainda mais o atendimento e nada melhor que investir na capacitação e melhoria destes profissionais”.
A reabilitação intelectual tem por objetivo fornecer uma maior autonomia e independência para as pessoas com este tipo de deficiência. Com o tratamento, os ganhos são em aprendizagem, sociabilidade, comunicação e interação social.
Para isto, o Ceir conta com uma equipe clínica, especialistas em enfermagem, equipes médica, psicológica e odontológica, além de uma infraestrutura multidisciplinar que será empregada para auxiliar os deficientes a conquistarem uma maior autonomia e independência no mundo exterior.
“O tratamento de pessoas com deficiência intelectual no Ceir focará bastante na cognição e socialização dos indivíduos. Os pais precisam estar cientes que uma criança com síndrome de down tem perfeitas condições de viver como uma criança comum, só precisamos respeitar o tempo de adaptação dela.
O serviço buscará o estímulo e desenvolvimento social para que ela se adapte perfeitamente ao convívio social com outras crianças e adultos. Toda a nossa equipe de profissionais será destinada para a assistência e estímulo dessas crianças”, pontua a psicóloga Kelly Bastos.