Surto de pneumonia misteriosa causado pela bactéria Mycoplasma pneumoniae chegou a Europa. A disseminação do vírus preocupa as autoridades sanitárias. Inicialmente, a pneumonia foi identificada na China e agora está afetando a Europa, especialmente as crianças. Na Dinamarca foram registrados 451 casos. No país, o instituto de pesquisa em saúde Statens Serum Institute (SSI) afirmou que as infecções pela bactéria chegaram a níveis “epidêmicos”.
A Holanda também anunciou o aumento significativo nos casos e levanta questões sobre a propagação potencial dessa infecção em outros países europeus. No período de 13 a 19 de novembro, foram registrados 103 casos de pneumonia na Holanda em cada 100 mil crianças com idades entre 5 e 14 anos. Segundo o Instituto Holandês de Pesquisa em Serviços de Saúde (NIVEL), na semana anterior, foram 80 casos relatados no mesmo grupo.
O fato de o Mycoplasma pneumoniae ser associado a uma forma de pneumonia ambulante, geralmente mais branda, torna a situação intrigante, especialmente quando comparada a surtos anteriores dessa bactéria na China. A preocupação aumenta devido ao aumento da resistência bacteriana e à possibilidade de casos mais graves e internações.
A explicação de que surtos dessa bactéria são comuns na Dinamarca, ocorrendo a cada quatro anos, é interessante e sugere que, em parte, esse aumento pode ser parte de um padrão histórico. No entanto, a conexão com a pandemia de Covid-19 e a previsão de um surto após a pandemia levantam a questão de possíveis interações entre diferentes doenças respiratórias.
É crucial para as autoridades de saúde monitorar de perto a situação, realizar investigações epidemiológicas detalhadas para entender a origem e a propagação do surto e implementar medidas de controle apropriadas. A colaboração internacional também é vital para conter a disseminação, especialmente considerando a possibilidade de a infecção se espalhar por outras regiões da Europa.
Além disso, a conscientização sobre a resistência antimicrobiana e a necessidade de práticas antibióticas responsáveis são fundamentais para enfrentar casos mais graves dessa infecção. A experiência anterior da China, com surtos a cada 3 a 7 anos, destaca a importância de uma vigilância contínua e preparação para enfrentar esses desafios de saúde pública.