Durante um seminário técnico-científico sobre a Caatinga, o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho, alertou que o Brasil já perdeu 34 milhões de hectares dos 82,6 milhões de hectares desse importante bioma. Junto à ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, foram discutidos os desafios para alcançar a meta de desmatamento zero nessa região do Nordeste brasileiro.
🌵🌞🦜🌾🌳🌵 O que aconteceu: Agostinho destacou a necessidade de políticas públicas específicas devido ao alto grau de espécies exclusivas já afetadas pela atividade humana. Ele ressaltou que a caatinga tem 60% de sua área ocupada por vegetação nativa, mas grande parte sofreu alterações devido a atividades como corte raso, queimadas, extração seletiva e introdução de espécies exóticas.
🌳🚫 Resultados: Como consequência dessas atividades, mais de 10% do bioma já está desertificado. Agostinho propôs a criação de unidades de conservação, recuperação da vegetação nativa e demarcação de territórios de populações tradicionais como medidas essenciais. Além disso, enfatizou a importância da transição energética, alertando que o crescimento das energias eólica e solar na região não deve ocorrer às custas do desmatamento da caatinga.
Posicionamento da ministra: Marina Silva concordou com Agostinho, destacando a necessidade de políticas públicas diferenciadas para cada bioma brasileiro, como demonstrado no Plano de Transformação Ecológica apresentado durante a COP28. Combater o desmatamento e proteger a Caatinga são compromissos políticos, éticos e sociais essenciais para preservar a diversidade desse bioma único.