O Ministério do Desenvolvimento Social informou nesta quarta-feira (12) que o Bolsa Família contribuiu para tirar 18,5 milhões de famílias da linha da pobreza em junho, três meses após ser relançado. Os maiores avanços foram registrados em São Paulo (2,2 milhões); Bahia (2,2 milhões); Rio de Janeiro (1,6 milhões); Pernambuco (1,4 milhões); e Minas Gerais (1,3 milhões). No Piauí, o programa coordenado pelo ministro Wellington Dias retirou 528.472 famílias da linha da pobreza.
No mês de março, o governo federal relançou o Bolsa Família, com um valor mínimo de R$ 600 e um adicional de R$ 150 para crianças de até seis anos. Além disso, foram estabelecidos benefícios variáveis, como o auxílio de R$ 50 para gestantes, crianças e adolescentes de até 18 anos. O governo também reintroduziu as condicionantes, ou seja, requisitos que devem ser cumpridos para garantir a continuidade dos repasses do auxílio pelo governo federal. Em sua nova versão o programa também garante que a melhora da renda familiar não interrompa o repasse do benefício, desde que cada integrante receba entre R$ 218 e R$660. As famílias deixam a faixa da pobreza quando começam a receber mais de R$ 218 per capita.
“O objetivo é tirar novamente o Brasil do mapa da fome e da insegurança alimentar, mas também reduzir a pobreza. Somente agora, no novo Bolsa Família, nós já comemoramos 18,5 milhões de famílias, 43,5 milhões de pessoas que elevaram a renda este ano e que estão fora da pobreza”, destacou o ministro Wellington Dias.
Nesta quarta-feira (12.07), o relatório "O Estado da Segurança Alimentar e Nutrição no Mundo (SOFI)" da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), mostra uma piora dos indicadores de fome e insegurança alimentar no Brasil nos últimos três anos.
A gestão anterior tinha substituído o benefício pelo Auxílio Brasil que, entre outros pontos, retirou as condicionantes e mudou critérios de repasse. O benefício foi alvo de auditorias do Tribunal de Contas da União (TCU), que encontrou algumas irregularidades.
Confira a lista de famílias que deixaram a linha de pobreza em junho, por Estado:
AC: 101.410
AL: 479.063
AM: 549.979
AP: 108.207
BA: 2.260.504
CE: 1.298.677
AC: 101.410
AL: 479.063
AM: 549.979
AP: 108.207
BA: 2.260.504
CE: 1.298.677
DF: 148.200
ES: 263.510
GO 438.806 :
MA: 1.056.212
MG: 1.387.793
MS: 176.094
MT : 224.675
PA: 1.174.165
PI: 528.472
PR: 512.855
RJ: 1.632.513
RN: 442.428
RO: 113.180
RR: 57.046
RS: 537.609
SC: 190.622
SE: 370.868
SP: 2.254.736
TO: 133.275
BRASIL: 18.522.115
Calendário do Bolsa Família neste mês de julho; veja datas de pagamento
O pagamento do programa Bolsa Família referente ao mês de julho será realizado a partir do dia 18. O cronograma de pagamento é escalonado, começando pelos beneficiários com Número de Identificação Social (NIS) terminando em 1 e encerrando no dia 31 de julho.
Neste mês, os beneficiários do programa receberão um adicional de R$ 50, destinado a gestantes e famílias com crianças e adolescentes de 7 a 18 anos. Além disso, as famílias chefiadas por mulheres receberão um valor adicional de R$ 150 por criança de zero a 6 anos de idade.
O valor mínimo do Bolsa Família é de R$ 600, porém, com a inclusão do novo adicional, o valor médio do benefício aumenta para R$ 705,40, o maior já registrado na história do programa. Conforme o Ministério do Desenvolvimento e Assistência Social, Família e Combate à Fome, neste mês, o programa de transferência de renda do governo federal beneficiará 21,2 milhões de famílias, resultando em um investimento de R$ 14,97 bilhões.
A partir de março, foi iniciado o pagamento do adicional de R$ 150, após o governo realizar uma revisão minuciosa no Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal (CadÚnico), com o objetivo de eliminar possíveis fraudes. De acordo com o balanço mais recente divulgado em abril, aproximadamente 2,7 milhões de pessoas com irregularidades no cadastro tiveram seu benefício suspenso.
Em junho, uma nova adição ao Bolsa Família é a implementação da regra de proteção. Com essa nova regra, mesmo que uma família consiga emprego e melhore sua renda, ela poderá permanecer no programa por até dois anos, desde que cada membro da família receba uma quantia equivalente a até meio salário mínimo. Nesse cenário, a família passará a receber 50% do valor do benefício ao qual teria direito.