Cientistas da Universidade McMaster, no Canadá, fizeram uma descoberta promissora no combate às superbactérias. Com o auxílio da Inteligência Artificial, eles identificaram um novo medicamento experimental capaz de combater uma espécie letal de superbactéria.
Denominado "abaucin", o composto passará por testes de segurança antes de ser disponibilizado para uso em seres humanos. Essa conquista marca um marco histórico, sendo a primeira vez que a IA contribuiu para o rápido desenvolvimento de antibióticos, conforme relatado pelos pesquisadores.
Em resumo, a tecnologia foi direcionada para a espécie Acinetobacter baumannii, classificada pela Organização Mundial da Saúde como uma das três superbactérias mais "críticas". A IA foi utilizada para analisar uma lista de 6.680 compostos com eficácia desconhecida, a fim de identificar aqueles capazes de retardar ou eliminar a superbactéria. Em apenas trinta minutos, a IA retornou com uma seleção restrita de 240 compostos promissores.
Com base nisso, os pesquisadores conduziram testes nas substâncias identificadas pela Inteligência Artificial e descobriram nove potenciais antibióticos. De acordo com um dos responsáveis pelo estudo, a superbactéria é considerada o "inimigo público número um". Além de ser altamente resistente, ela é prevalente em ambientes hospitalares e casas de repouso.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de um milhão de pessoas em todo o mundo morrem anualmente devido a infecções que não respondem aos tratamentos com antibióticos.