Nesta terça-feira, o Estatuto do Idoso completou 10 anos. Dados apontam em pesquisas realizadas que a violência contra o idoso aumentou muito nos últimos anos. A constatação foi feita pelos órgãos ligados aos direitos humanos, que também verificaram que as vítimas normalmente moram com os acusados.
Dados apontam também que em 50% das ocorrências tem a participação dos filhos. Nesses casos, eles são considerados o maior inimigo dos agredidos, que normalmente têm idade acima dos 60 anos. Outra participação nas agressões é dos cuidadores, que se mostram cruéis aos idosos, o que pode piorar o panorama pela falta de políticas públicas.
?Mudar as práticas sociais pode ser a solução. Parte da nossa sociedade foi construída pelos idosos. Porque não reconhecer isso? Nós temos uma dívida solidária com eles?, diz o especialista em segurança, Arnaldo Eugênio que reconhece a necessidade de um plano estratégico que abranja formações, a partir das fases iniciais da vida, ensinando que o idoso é fundamental na sociedade atual.
?Há avanços em relação ao idoso, porém, o que se constata é que a violência contra a pessoa idosa tende a crescer. Ela é silenciosa e, normalmente, é feita no seio da família onde são envolvidas questões de afetividade?, afirma a representante da Promotoria do Idoso, Marlúcia Evaristo.
?Consideramos que há muita discrepância no atendimento à pessoa idosa?, disse o vice-presidente do Conselho do Idoso, José da Cruz. Ele considera difícil a execução dos trabalhos em relação à falta de estruturas. ?Nós não temos um local adequado para fazer nossas reuniões e nem uma estrutura mínima para atender ao idoso?.