A Polícia Civil de São Paulo procura as vítimas de roubo ou furto de alianças e anéis para devolver 12 joias recuperadas durante a Operação Ouro Reverso. Os itens foram apreendidos pelo Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic) e aguardam reconhecimento pelos donos. A ação faz parte de um esforço para combater o comércio clandestino de ouro no estado. 🔍
Como proceder
💍Para recuperar os bens, as vítimas devem comparecer à sede do Deic, localizada na Avenida Zaki Narchi, 152, no bairro do Carandiru, Zona Norte da capital. No local, será necessário apresentar provas da posse do objeto, como fotos, documentos ou boletins de ocorrência. Caso o item seja reconhecido, ele passará por perícia e, se confirmado como produto de crime, será devolvido.
Delegado
Segundo o delegado Fernando David, o reconhecimento ajuda a polícia a comprovar a origem ilícita das joias e fortalecer as investigações. “Quando a vítima vem à delegacia e faz o reconhecimento do material, ela descarta a hipótese de que aquelas alianças foram apenas moeda de troca”, explicou. Isso permite responsabilizar também os estabelecimentos que compraram os objetos, enquadrando-os por receptação qualificada ⚖️.
Demanda por ouro
A busca por ouro vem crescendo em meio à instabilidade econômica global, o que tem atraído a atenção de criminosos. Em março, o preço do ouro bateu um recorde histórico, atingindo US$ 3.000 por onça (cerca de R$ 17 mil), tornando alianças e anéis ainda mais visados 💰.
Roubos
Dados da Secretaria da Segurança Pública (SSP) revelam que, apenas no primeiro bimestre de 2025, mais de 1.300 alianças e anéis foram roubados ou furtados em São Paulo — um salto de 56% em relação ao mesmo período do ano passado. Em média, 22 peças desse tipo são levadas por criminosos todos os dias.
São Paulo
A capital paulista lidera o ranking de cidades com mais ocorrências, concentrando 57% dos casos. Na sequência, aparecem municípios da Região Metropolitana, como Santo André, Osasco, Guarulhos e São Bernardo do Campo. Nove em cada dez crimes ocorrem em via pública, com destaque para o período da manhã, o mais perigoso do dia 🌅.
Medida
A SSP afirmou que a Polícia Civil continua atuando com inteligência para desmantelar quadrilhas que operam no mercado paralelo de ouro e joias. Enquanto isso, quem tiver sido vítima desses crimes deve procurar a delegacia e ajudar a interromper o ciclo do crime com a devolução de seus bens ⚠️.
O que diz a SSP
"A SSP tem intensificado esforços no combate aos roubos de itens valiosos, como relógios de luxo e joias — dentre elas, alianças. A Polícia Civil conduz investigações voltadas para desmantelar as redes criminosas que operam no mercado clandestino desses objetos e realiza ações de inteligência, com o objetivo de identificar os responsáveis por esses crimes e seus pontos de venda. Além disso, a Polícia Militar tem intensificado o patrulhamento nas áreas mais vulneráveis a esse tipo de delito.
Nos últimos três anos, a 4ª Delegacia de Investigação de Crimes contra o Patrimônio, do Deic (Departamento Estadual de Investigações Criminais), tem realizado um trabalho intensivo no combate aos roubos e furtos de relógios de luxo e goias. Durante esse período, a delegacia indiciou 400 pessoas, sendo 160 delas presas em flagrante. Além disso, foram solicitados 315 pedidos de prisão preventiva e 190 de prisão temporária, com o intuito de desarticular quadrilhas envolvidas nesse tipo de crime. A atuação da equipe também resultou no cumprimento de 622 mandados de busca e na identificação e prisão de 36 receptadores." (Com informações do g1)