Josué Carlos Silva Lima, réu por homicídio duplamente qualificado, teve seu julgamento adiado após relatos de que pessoas ligadas a ele teriam intimidado os jurados que participariam do Tribunal do Júri em Timon. Segundo o Ministério Público do Maranhão, os suspeitos chegaram a ir até as residências de alguns jurados para ameaçá-los.
Com as denúncias, foi determinada a prisão de Josué e mandados de busca e apreensão em locais ligados a essas pessoas, as quais queriam a absolvição de Josué
AMEAÇAS
Segundo o promotor Carlos Pinto de Almeida Júnior, da 2ª Promotoria Criminal de Timon, a conduta configura crime de coação no curso do processo. Ele solicitou à Justiça, além da prisão, mandados de busca e apreensão nos endereços do réu, com foco em celulares, computadores, tablets e a lista dos jurados com possíveis anotações sobre visitas e contatos usados para intimidar.
O promotor também pediu a suspensão do julgamento, alegando que os jurados estavam sob pressão e não tinham condições de julgar com liberdade. A juíza Gisa Fernanda Nery Mendonça Benício, da 2ª Vara Criminal de Timon, atendeu a todos os pedidos.
ARMAS ENCONTRADAS
Durante o cumprimento dos mandados, a polícia encontrou duas armas de fogo: uma com Josué Lima e outra com seu pai, Carlos Sérgio Correia Lima, que seria testemunha de defesa no júri.
Para o promotor, a presença das armas agrava a tentativa de intimidação. Por isso, ele pediu no dia 5 de novembro que o julgamento fosse transferido para a Comarca da Grande Ilha de São Luís, onde, segundo ele, há mais segurança e condições para garantir a imparcialidade do júri.