O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) anunciou sua decisão quanto ao caso envolvendo John Textor, proprietário da SAF do Botafogo, após as declarações feitas após o confronto contra o Palmeiras, no último Campeonato Brasileiro. Após dois adiamentos, o julgamento foi concluído nesta sexta-feira, com a maioria dos auditores do tribunal determinando a punição.
O que aconteceu: Conforme a decisão, Textor enfrentará 45 dias de suspensão e uma multa de R$ 100 mil. Ele já havia cumprido 28 dias em uma suspensão preventiva no final do ano passado, restando apenas 17 dias para completar sua pena.
O caso: O americano foi denunciado nos termos dos artigos 243-F (ofensa à honra) e 258-B (invasão de campo). Especificamente em relação ao segundo artigo, houve controvérsias por parte da defesa, que argumentou que Textor tinha o direito de estar à beira do campo após o jogo, por ser o principal dirigente do Botafogo. A punição total foi dividida em 30 dias pelo artigo 243-F e mais 15 dias pelo artigo 258-B.
Divergências: Os auditores do STJD divergiram quanto à extensão da punição original. O relator Mauricio Neves Fonseca propôs uma pena total de 105 dias (90 + 15), sendo acompanhado pelo auditor Paulo Feuz. Por outro lado, o vice-presidente do tribunal, Felipe Bevilacqua, votou por 45 dias de suspensão (30 + 15) e uma multa de R$ 75 mil, argumentando que Textor era réu primário. Esta justificativa foi apoiada pelo auditor Luiz Felipe Bulus.
Penalidades: Além disso, Mauro Marcelo e Sergio Martinez propuseram uma pena de 50 dias no artigo 243-F e a absolvição de Textor no artigo 258-B, com multa de R$ 100 mil. O presidente José Perdiz encerrou a votação com seu voto por 55 dias totais de punição.
Entenda o fato: Relembrando o caso, o jogo contra o Palmeiras ocorreu em novembro de 2023, desencadeando um processo que perdurou na Justiça desde então. Na primeira instância, Textor recebeu uma punição de 35 dias de afastamento e uma multa de R$ 25 mil, mas o clube conseguiu um efeito suspensivo.
O julgamento no pleno teve início em 9 de abril, em São Paulo, contando com a presença de Textor via videoconferência. Na segunda sessão, ele esteve presente pessoalmente, apresentando provas a Bevilacqua, que solicitou novo adiamento. Na decisão final, não cabem mais recursos, mas Textor ainda enfrenta dois processos adicionais, incluindo acusações de um esquema de manipulação.