O técnico Dunga e seu auxiliar Jorginho mais uma vez propuseram à seleção brasileira uma atividade que reproduzisse situações de jogo. Mas fica a esperança que, quando for para valer, o desempenho dos jogadores seja diferente.
Num treino físico-técnico no qual a maior parte do tempo foi dedicado a tabelas entre meias e laterais, para que estes cruzassem da linha de fundo, o acerto nos passes que oferecessem situações de gol ficou abaixo da média.
Com meias, laterais e atacantes ocupando uma metade do campo, e os zagueiros Lúcio, Juan, Luisão e Thiago Silva no outro extremo, o objetivo era os laterais partirem com velocidade em contra-ataques pelos lados do campo, fazerem a tabela com um meia ou volante e cruzarem para a finalização dos atacantes.
O passe para a conclusão, no entanto, saía defeituoso na maioria das tentativas, principalmente quando vinha do lado esquerdo. Michel Bastos e Gilberto, que ocupam a posição na seleção, atuam como meias em seus clubes.
Pelo lado direito, Maicon e Daniel Alves mostraram melhor desempenho, mas também longe de honrarem a condição de melhores do mundo naquele setor..
O índice de acertos melhorou quando Dunga e Jorginho fizeram uma alteração no modelo do treino. Ao invés de chegarem à linha de fundo em velocidade, os laterais recebiam o passe já ocupando a posição de onde deveriam cruzar. Dessa forma, o aproveitamento subiu.