O presidente do clube cipriota Karmiotissa, Stavros Demosthenous, foi assassinado a tiros em frente à sua casa na cidade litorânea de Limassol, no Chipre, no último dia 17 de outubro. O dirigente, de 49 anos, chegou a ser levado pelo filho ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos. O caso gerou grande comoção no país e levantou suspeitas sobre a possível ligação do crime com organizações criminosas internacionais.
Prisões na Grécia
Nesta quinta-feira (30), a polícia grega anunciou a prisão de dois homens suspeitos de envolvimento no assassinato. As detenções ocorreram na cidade de Tessalônica, no norte da Grécia, em cumprimento a um mandado de prisão europeu. Segundo comunicado oficial enviado por SMS à imprensa, os homens “são suspeitos de participação na execução de um assassinato por encomenda”.
Um porta-voz policial ouvido pela agência Reuters informou que, por se tratar de um caso ainda em andamento, não seriam divulgados mais detalhes sobre o grau de envolvimento dos detidos.
Possível elo com o crime organizado
As autoridades cipriotas trabalham com a hipótese de que o assassinato possa ter relação com um chefe do crime organizado que estaria escondido nos Emirados Árabes Unidos. A linha de investigação busca determinar se a morte de Demosthenous foi resultado de uma execução planejada relacionada a disputas financeiras ou à atuação de redes criminosas no futebol local.
Histórico do dirigente e do clube
Demosthenous era presidente do Karmiotissa, equipe fundada em 1979 e tradicionalmente presente nas divisões inferiores do futebol cipriota. O clube foi rebaixado para a segunda divisão nesta temporada. Apesar de não figurar entre os grandes times do país, o Karmiotissa tem torcida fiel e é conhecido por representar a cidade de Pano Polemidia, próxima a Limassol.
Investigação em andamento
A polícia do Chipre segue em cooperação com autoridades da Grécia e da Interpol para reunir provas e identificar todos os envolvidos na execução. Os dois suspeitos presos devem ser extraditados para o Chipre, onde responderão pelo crime de homicídio premeditado. Até o momento, nenhuma organização assumiu responsabilidade pelo ataque, e o caso continua sob sigilo enquanto as investigações avançam.