Maioria pela 1ª vez, mulheres dominam sonhos de medalhas nas Olimpíadas

Das 276 vagas garantidas, 153 são ocupadas por mulheres, conforme informou o Comitê Olímpico do Brasil (COB).

Rebeca Andrade | Rafael Bello/COB
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

O Brasil está prestes a fazer história nos Jogos Olímpicos de Paris 2024, com a maior delegação feminina já registrada. Das 276 vagas garantidas, 153 são ocupadas por mulheres, conforme informou o Comitê Olímpico do Brasil (COB). Esse predomínio feminino é inédito e se reflete em diversas modalidades.

Ginástica

O destaque feminino nas classificações para Paris se deve, em parte, às ausências das seleções masculinas de futebol, handebol e rugby, contrastando com a presença das equipes femininas. Na ginástica artística, as mulheres asseguraram a participação na disputa por equipes, enquanto os homens só conseguiram vagas em provas individuais.

Peso

Modalidades como levantamento de peso, wrestling e pentatlo moderno também têm todas as vagas ocupadas por mulheres brasileiras. No tiro esportivo, esgrima, tênis e águas abertas, a maioria dos classificados é feminina.

Chances

Além do número expressivo, a delegação feminina tem grandes chances de conquistar medalhas. Rebeca Andrade, campeã olímpica, se destaca como uma forte concorrente contra a norte-americana Simone Biles, especialmente após vencer a prova do salto no Mundial do ano passado, em Antuérpia.

Boxe

Beatriz Ferreira, prata em Tóquio, chega a Paris como bicampeã mundial e atual detentora do cinturão da Federação Internacional de Boxe no peso leve. No skate, Rayssa Leal acumula dois títulos do circuito de skate street e uma vitória no Mundial de Sharjah, além da medalha de prata conquistada em Tóquio.

Voleibol

O vôlei de quadra feminino, após uma série de 13 vitórias consecutivas na Liga das Naçõesocupa o topo do ranking mundial. Na praia, a dupla Duda e Ana Patrícia, campeãs mundiais em 2022 e vice-campeãs em 2023, também lidera o ranking global.

Judô

Rafaela Silva, bicampeã mundial em 2022 após um período de suspensão, busca seu segundo ouro olímpico no judô. Mayra Aguiar, tricampeã mundial, almeja sua quarta medalha olímpica e, quem sabe, a primeira de ouro.

Vela

Nas águas, as velejadoras Martine Grael e Kahena Kunze podem se tornar as primeiras brasileiras a conquistar três ouros olímpicos consecutivos. Ana Marcela Cunha, na maratona aquática, está em busca do bicampeonato olímpico após se recuperar de uma séria lesão no ombro.

Ginástica rítmica

Outras atletas têm potencial para surpreender. Nathalie Moellhausen, oitava no ranking mundial de esgrima e campeã da etapa de Barcelona da Copa do Mundo, é uma delas. A seleção de ginástica rítmica também vem alcançando resultados históricos, como o quarto lugar na prova dos cinco arcos no Mundial de 2023.

Tênis

Luísa Stefani, bronze em Tóquio ao lado de Laura Pigossi, competirá ao lado de Beatriz Haddad Maia, que, embora priorize as disputas de simples, tem excelentes resultados em duplas, incluindo uma final do Aberto da Austrália.

Surfe

Tatiana Weston-Webb, vice-campeã mundial em 2021 e atualmente em sétimo lugar, competirá em Paris. No futebol, a seleção feminina, liderada por Marta em sua última Olimpíada, busca sua terceira medalha olímpica.

Protagonismo

O desempenho das mulheres brasileiras nos Jogos Pan-Americanos de Santiago 2023 já indicava esse protagonismo, com 95 das 205 medalhas conquistadas por atletas femininas, incluindo a maioria dos ouros.

Início

Os Jogos Olímpicos de Paris, que começam em 26 de julho e vão até 11 de agosto, serão os primeiros com participação igualitária de homens e mulheres, cada gênero com 5.250 atletas. Curiosamente, os primeiros Jogos a incluir mulheres também foram realizados em Paris, em 1900, quando elas representavam apenas 2,2% dos competidores. (Com informações da Agência Brasil)

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES