Uma estátua do jogador Daniel Alves, no município de Juazeiro, na Bahia, está sendo alvo de vandalismo pelos moradores. As ocorrências se intensificaram após o atleta ter sido condenado pelo estupro de uma jovem em Barcelona, em 2022. A sentença foi dada na última quinta-feira (22), na Espanha.
O jogador é natural da cidade baiana e teve o monumento com sua imagem inaugurada em 2020, dois anos antes do crime e segundo publicação do Estadão, desde o ano passado, os moradores pedem à Prefeitura para remover o monumento.
As demandas ocorrem especialmente pelas redes sociais e ganharam força após a condenação do atleta. Produzida pelo artista plástico Leo Santana, a estátua está localizada na região central do município e exibe Daniel Alves em tamanho real com a camisa da seleção brasileira e uma bola de futebol nos pés. A obra já vandalizada por diversas vezes desde a prisão do jogador.
Procurada pelo Estadão, a Prefeitura de Juazeiro afirmou não irá se manifestar sobre o assunto até a conclusão do tema, tendo em vista que o jogador entrou com um pedido de apelação, e informou que não recebeu pedidos oficiais para retirar a obra. O atleta alegou inocência e vai recorrer da decisão.
Condenação
Daniel Alves foi condenado a quatro anos e seis meses de prisão e irá continuar detido durante apelação, podendo requerer a liberdade condicional em maio de 2025, quando completar metade da pena, incluindo o período em que passou preso em 2023. O Ministério Público da Espanha havia pedido nove anos de prisão para o jogador. Porém, era esperado que o brasileiro fosse condenado a no máximo seis anos. Isso porque no início do caso, a defesa do jogador pagou à Justiça o valor de 150 mil euros (cerca de R$ 800 mil) em atenuante de pena, espécie de indenização à vítima abuso. Também foi determinado ao jogador o pagamento dos custos do processo e o valor de 9 mil euros (cerca de R$ 48 mil), em 150 euros diários, à vítima pelo período de dois meses.
Ao longo do período detido, Daniel Alves mudou sua versão sobre o caso por diversas vezes, trocou de defesa e teve cinco pedidos de liberdade provisória negados, com a Justiça citando risco de fuga. Recentemente, foi noticiado que Daniel Alves foi acusado por um colega de cela de planejar uma fuga para o Brasil. Seu estado emocional "deprimido e desanimado" também fizeram a prisão onde ele está detido acionar um protocolo antissuicídio.
Com informações do Estadão