Na quinta-feira (22), o ex-jogador da seleção brasileira, Daniel Alves, foi condenado a 4 anos e 6 meses de prisão pelo tribunal de Barcelona. A sentença também inclui uma pena de liberdade supervisionada de cinco anos, a ser cumprida após o término da prisão, e nove anos de afastamento da vítima. Além disso, ele foi ordenado a pagar uma indenização de 150 mil euros (aproximadamente R$ 804 mil) à vítima e as custas do processo. O crime em questão foi o estupro de uma mulher na boate Sutton, em Barcelona.
A defesa do ex-jogador tem o direito de apelar da decisão tanto no Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) quanto no Supremo Tribunal da Espanha. Segundo o jornal "La Vanguardia", o tribunal considerou que há evidências suficientes, além do testemunho da denunciante, para estabelecer que a vítima não consentiu com o ato e que o estupro foi comprovado. A sentença, proferida pela juíza Isabel Delgado na 21ª Seção de Audiência de Barcelona, foi emitida apenas duas semanas após o término do julgamento.
Daniel Alves chegou ao local por volta das 10h (6h no horário de Brasília). Durante a leitura da sentença, estavam presentes as partes envolvidas no processo contra o jogador: a promotora Elisabet Jiménez, a promotora e advogada da denunciante, Ester García, e a advogada de defesa de Daniel, Inés Guardiola.
O julgamento de Alves teve a duração de três dias e foi concluído em 7 de fevereiro, quando o jogador prestou depoimento. Durante a sessão, ele chorou e negou as acusações de agressão sexual, afirmando que a relação com a denunciante foi consensual.
Naquela ocasião, a defesa de Daniel Alves solicitou liberdade condicional e sua absolvição. Por outro lado, o Ministério Público local requereu uma sentença de nove anos de prisão, enquanto a defesa da denunciante pleiteou uma pena de 12 anos.
No total, a Justiça espanhola convocou 28 testemunhas indicadas tanto pela defesa quanto pela acusação para prestar depoimento durante o julgamento. Além disso, a mãe do ex-jogador, Lucia Alves, compareceu ao tribunal e foi convocada como testemunha, sendo a primeira a chegar ao local.