O Fortaleza anunciou oficialmente a contratação do atacante Marinho, que foi escolhido como reforço após vencer a disputa com o São Paulo no mercado de transferências. Esse acordo expôs um problema nos bastidores do Tricolor paulista. Num contexto geral, vale ressaltar que a proposta do clube cearense tinha mais vantagem para o jogador. O Fortaleza chegou a apresentar condições que o São Paulo não tinha capacidade financeira de superar.
Em se tratanto de valores, o Fortaleza ofereceu um salário bem maior do que o São Paulo, com uma variação entre R$ 50 mil e R$ 100 mil, além de um contrato mais longo, válido até o final de 2025. Por sua vez, o São Paulo oferecia um contrato com um ano a menos.
Esses aspectos fortaleceram a posição do atacante durante as negociações para rescindir com o Flamengo. Um acordo financeiro com o rubro-negro era fundamental para que Marinho concordasse em sair antes do término de seu contrato, que aconteceria em dezembro deste ano.
Sabe-se que São Paulo já estava interessado em Marinho mesmo antes de sua afastamento do elenco do Flamengo. As negociações avançaram, então, e havia otimismo no Morumbi, mas, no final, Marinho decidiu integrar ao elenco do Leão do Pici.
No site oficial do clube, o presidente do Fortaleza, Marcelo Paz, foi taxativo: "Os valores são totalmente dentro de mercado, diferente muito do que se fala sem ter a informação precisa. O valor de transfer até muito abaixo do que outras opções do mesmo nível, e o salário dentro da realidade salarial do Fortaleza. Com o contrato até o fim de 2025, vamos recebê-lo muito bem".
Marinho não abriu mão de sua tentativa de rescisão com o Flamengo devido à oferta de salário e duração de contrato menores feitas pelo São Paulo. Com uma proposta mais vantajosa do Fortaleza, o atacante concordou em negociar e não recebeu integralmente o salário restante de seu vínculo com o clube carioca.
A contratação do atacante foi um pedido do técnico Dorival Júnior, que assumiu o comando do São Paulo em abril e já havia trabalhado com o jogador no ano passado, no próprio Flamengo.
Fora dos gramados, o treinador já percebeu que o São Paulo não tem poder para competir no mercado de transferências. Muricy Ramalho, coordenador técnico, também reconheceu esse fato.
"Marinho era nossa primeira opção. Sei que é desagradável dizer, mas temos dificuldades financeiras. As pessoas fazem milagres lá dentro, você não faz ideia. Marinho era uma oportunidade. Ainda não temos condições de competir com outros times. Temos que ser realistas. Marinho joga pelo lado do campo, é rápido, marca gols e já trabalhou com Dorival. Mas se tornou difícil", comentou Muricy sobre o jogador.