O Corinthians definiu que a prioridade para a temporada de 2026 será o equilíbrio financeiro, mesmo após conquistar o título da Copa do Brasil e garantir vaga na Conmebol Libertadores. A diretoria pretende utilizar parte dos R$ 77 milhões recebidos como premiação da CBF para pagar dívidas, derrubar o transfer ban imposto pela Fifa e reorganizar o caixa do clube.
O primeiro objetivo da diretoria alvinegra é resolver a dívida com o Santos Laguna, do México, referente à contratação do zagueiro Félix Torres. O acerto é considerado essencial para retirar a punição que impede o clube de registrar novos jogadores. Em paralelo, o Corinthians também trabalha para quitar o débito com o meia Matías Rojas, que ultrapassa reconhecidamente a casa dos R$ 40 milhões.
Negociações e pendências
Segundo informações internas, já existem conversas em curso com os representantes legais de Matías Rojas. A diretoria aguardava justamente a entrada da premiação da Copa do Brasil para avançar nas negociações e evitar que o caso resulte em nova sanção esportiva por parte da Fifa.
Além das dívidas externas, o Corinthians também precisa resolver compromissos internos. O elenco ainda tem valores a receber referentes às premiações pela vitória sobre o Cruzeiro, na semifinal da Copa do Brasil, e pela conquista do título diante do Vasco, no Maracanã. A quitação desses bônus também faz parte do planejamento financeiro imediato.
Dívida elevada e orçamento mais enxuto
Mesmo com a entrada de recursos, a situação financeira segue delicada. O clube possui uma dívida ativa estimada em cerca de R$ 2,7 bilhões e, no balancete divulgado em outubro, apresentou déficit de R$ 204 milhões. Diante desse cenário, o Conselho Deliberativo aprovou um orçamento para 2026 que prevê a redução de aproximadamente R$ 6 milhões na folha salarial.
Na prática, a estratégia inclui a liberação de jogadores com salários mais elevados. Nomes como Maycon, Romero, Félix Torres, Hugo, Fabrizio Angileri, Ryan, Matheus Donelli e Talles Magno aparecem como possíveis saídas. A ideia é abrir espaço para atletas com custos menores e manter a competitividade do elenco.
A diretoria também trabalha com a meta de arrecadar cerca de R$ 151 milhões com a venda de jogadores ao longo de 2026. Assim, atletas valorizados após o título da Copa do Brasil, como Yuri Alberto, Gui Negão e Breno Bidon, podem ser negociados, desde que cheguem propostas consideradas vantajosas.
temporada cheia em 2026
Mesmo com o plano de austeridade, o Corinthians terá um calendário intenso. O clube disputará a Conmebol Libertadores, a Série A do Campeonato Brasileiro, além de defender os títulos do Campeonato Paulista e da Copa do Brasil. Já em janeiro, o Timão também entra em campo pela Supercopa Rei, diante do Flamengo.