Depois de ser anunciado nesta quinta-feira (28) como o novo treinador do Corinthians, Mano Menezes chega ao clube com a intenção de implementar um estilo de jogo substancialmente diferente daquele adotado pelo antigo comandante, Vanderlei Luxemburgo. Muitos torcedores ficam ainda na expectativa por saber como será o estilo Mano de jogar.
Já que o "Pofexô" é conhecido por defender a "escola brasileira" de futebol, que enfatiza a individualidade dos jogadores, o novo técnico do Timão geralmente opta por uma abordagem mais coletiva, influenciada pelo futebol europeu. Seu sistema tático preferido é o 4-2-3-1.
Uma das características mais marcantes de seu trabalho é a linha defensiva composta por quatro jogadores, formando uma espécie de "muralha" na entrada da área. Essa abordagem é inspirada nas defesas italianas, que priorizam a marcação por zona. Essa característica do estilo de jogo de Mano Menezes pode ser vista desde sua primeira passagem pelo Alvinegro, em 2008.
Como forma de garantir que a linha de defesa permaneça coesa, o treinador costuma estabelecer com precisão as coberturas, com os volantes desempenhando um papel crucial, posicionando-se entre os laterais e os zagueiros, ou até mesmo entre os dois defensores centrais. Isso permite que o jogador mais próximo da bola tenha a liberdade de pressionar o adversário e tentar recuperar a posse.
A ideia é manter a linha de quatro defensores compacta, independentemente de quem são esses jogadores. Esses padrões táticos devem proporcionar maior segurança aos defensores mais experientes da equipe, como Gil e Fábio Santos, que enfrentam desafios em situações de alta velocidade.
Enquanto a linha de defesa age com organização, o meio-campo desempenha um papel fundamental na pressão sobre a bola e na indução das jogadas do adversário. Os atacantes também participam desse processo. Portanto, é possível imaginar que o "novo" Corinthians terá jogadores mais dinâmicos no setor, aproveitando os jovens talentos promovidos por Luxemburgo.
No aspecto ofensivo, as equipes de Mano costumam adotar um jogo mais objetivo, embora não se baseiem necessariamente em lançamentos longos. Como a defesa geralmente se posiciona próxima à área, os contra-ataques são a principal arma do treinador para marcar gols contra os adversários.
Quanto ao estilo e à disposição tática do ataque, o treinador já apresentou algumas variações interessantes ao longo de sua carreira. No Verdão, por exemplo, ele inicialmente buscou uma abordagem de posse de bola que não se adequou às características do elenco, principalmente.
Em seu trabalho mais recente no Internacional, ele montou uma equipe focada no que sempre praticou em sua carreira: ataques rápidos e contra-ataques. A diferença estava na configuração tática: o lateral-direito Bustos atuava como ala, enquanto Renê se posicionava ao lado dos zagueiros, formando um esquema 3-1-4-2. O objetivo era criar superioridade numérica na saída de bola, facilitando a construção das jogadas no chão.