A decisão da Fifa de proibir o uso das braçadeiras 'one love' - de apoio à causa LGBT - por alguns dos capitães de seleções que disputam a Copa do Mundo não abalou a Alemanha. Nesta segunda-feira (21), a federação local divulgou nota na qual promete encontrar outras formas de expressar apoio ao movimento, sufocado por leis religiosas no Qatar, onde o Mundial é disputado.
- Estamos muito frustrados com a decisão da Fifa. Escrevemos à Fifa em setembro sobre nosso desejo de usar a braçadeira para apoiar ativamente a inclusão no futebol e não recebemos resposta. Nossos jogadores e treinadores estão desapontados, eles são fortes defensores da inclusão e mostrarão seu apoio de outras maneiras - destacou Bernd Neuendorf, presidente da DFB.
Segundo a federação, a Alemanha perguntou em setembro para a Fifa se poderia usar a braçadeira e não recebeu resposta. Por isso, a decisão da entidade máxima do futebol de proibir o uso às vésperas da estreia das seleções na Copa gerou revolta.
- Estávamos dispostos a pagar as multas que normalmente são cobradas por infrações de equipamentos e defendemos fortemente o uso da braçadeira. No entanto, não podemos colocar nossos jogadores em uma situação em que sejam advertidos ou mesmo forçados a deixar o campo - diz texto divulgado pela DFB.
O texto se refere ao anúncio da Fifa de que os jogadores com braçadeiras de capitão diferentes das determinadas para uso receberiam cartão amarelo.
O regulamento da Copa do Mundo diz que a faixa de capitão faz parte do equipamento fornecido pela Fifa para as seleções e que nenhum item do uniforme pode conter mensagens políticas, religiosas ou comerciais.