Ágatha e Duda durante disputa do Circuito Brasileiro de vôlei de praia (Créditos: Wander Roberto/Inovafoto/CBV)
Foram meses longe das competições, da parceira e das quadras. A pandemia da COVID-19 adiou torneios em todo mundo, inclusive os Jogos de Tóquio, mas não tirou o foco e alegria de Ágatha e Duda. A dupla retornou aos treinamentos há pouco mais de um mês, com os cuidados necessários, e celebra a possibilidade de seguir a preparação e aumentar o entrosamento com a disputa do Circuito Brasileiro Open de vôlei de praia.
Juntas desde o início de 2017, Ágatha e Duda nunca haviam ficado tanto tempo sem conviver pessoalmente. Durante a pandemia, Duda viajou para São Cristóvão (SE), para ficar próxima da família, enquanto Ágatha alternou um período em Paranaguá (PR), onde tem um projeto social e Rio de Janeiro (RJ), cidade em que reside. Apesar da situação difícil, Duda comenta a alegria pela retomada da rotina e a convicção da paixão pelo trabalho diário.
“Estamos treinando há pouco mais de um mês, foi uma animação muito grande. Me senti como na primeira vez que pisei no Rio de Janeiro, voltar à rotina, ter o contato com a comissão técnica, ser desafiada nos treinos. Nessas horas notamos o amor pelo trabalho, uma sensação muito boa de querer evoluir”, declarou a sergipana de 22 anos.
A parceria campeã do Circuito Mundial 2018 e do SuperPraia 2017 estará em Saquarema (RJ) para a disputa da primeira etapa do Circuito Brasileiro Open, entre os dias 17 e 20 de setembro. O torneio será realizado sem público, cumprindo todos os protocolos de prevenção, dentro do Centro de Desenvolvimento de Voleibol (CDV). Ágatha diz que a programação visando Tóquio será seguida em etapas e celebra a retomada das competições.
“Vimos que o adiamento (dos Jogos) era algo necessário. E então, nossa preocupação passou a ser ficar bem neste período, pois não sabíamos quanto tempo iria durar. E acredito que conseguimos fazer bem, nos mantivemos ativas, com a cabeça boa. E a preparação está sendo reorganizada aos poucos, pois estamos voltando de um momento novo para todo mundo. Voltar passo a passo, pegar ritmo, voltar a competir, sentir novamente as emoções, para depois pensar em Tóquio. Todo esse processo será uma preparação para os Jogos”, declarou.
Se a primeira participação olímpica de Duda foi adiada em um ano, ela e toda a equipe buscam o lado positivo. Mais um ano para treinar novas jogadas, aperfeiçoar aspectos táticos e ficar ainda mais preparada para a disputa em Tóquio.
“Acho que isso foi um ponto positivo, ganhamos mais tempo como dupla para evoluirmos mais nosso conjunto. Temos a possibilidade de aprender novas jogadas, ajustar coisas que precisamos melhorar em nossa equipe e estudar bastante. Ganhamos mais um tempo para aprender uma com a outra. Temos que usar o período maior em nosso favor”, disse Duda.
Além de Ágatha e Duda, as outras duplas classificadas para Tóquio também retomaram os treinamentos em seus centros de treinamento. São elas Ana Patrícia/Rebecca (MG/CE), no feminino, e Alison/Álvaro Filho (ES/PB) e Evandro/Bruno Schmidt (RJ/DF) no masculino. As duplas femininas disputam em setembro, antes da estreia no Circuito Brasileiro, o "King of the Court", torneio exibição que acontece na Holanda, entre 9 e 12 de setembro.