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Por que os filhos dos bilionários estão estudando agricultura, IA e filosofia?

Os sucessores de hoje estão buscando formações que misturam tecnologia, meio ambiente e filosofia. A ideia é se tornar relevante em um mundo em transformação

Colégio UWC, no País de Gales | Foto: Divulgação
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Um movimento silencioso está ganhando terreno entre as famílias mais ricas do mundo: jovens herdeiros estão sendo preparados para muito mais do que administrar fortunas. Diferentemente das gerações anteriores, que seguiam caminhos tradicionais como administração, direito ou economia, os sucessores de hoje estão buscando formações que misturam tecnologia, meio ambiente e filosofia. A ideia é se tornar relevante em um mundo em transformação — e não apenas manter o patrimônio.

Educação além do óbvio

O novo currículo dessas famílias combina áreas antes vistas como distantes: agricultura regenerativa, inteligência artificial e filosofia estoica, por exemplo. A combinação não é acidental. O avanço da crise climática, o impacto da automação e a busca por um propósito em tempos digitais levaram esses jovens a uma conclusão: é preciso se preparar para um futuro onde saber produzir alimentos, entender algoritmos e ter uma ética clara serão fundamentais.

Escolas que formam o amanhã

Instituições como o UWC Atlantic College, no País de Gales, têm ganhado destaque nesse contexto. Com um ensino que une ciência, ecologia, filosofia e tecnologia, o colégio já formou príncipes, filhos de CEOs e futuros líderes globais. As aulas abordam desde biologia regenerativa e ética ambiental até debates sobre o papel do indivíduo em uma sociedade cada vez mais conectada — e vulnerável.

Do campo ao código

Muitos desses jovens dividem o tempo entre experiências práticas em fazendas de permacultura e estágios em startups voltadas ao combate às mudanças climáticas. Também participam de retiros filosóficos e estudam sistemas computacionais avançados. O objetivo não é apenas acumular conhecimento técnico, mas desenvolver uma visão crítica e compassiva sobre o mundo.

Uma nova bússola de poder

Empresas familiares têm incentivado essas formações híbridas como estratégia de perpetuação dos negócios com responsabilidade social. Mais do que garantir lucros, a meta agora é formar herdeiros com empatia, visão sistêmica e consciência ecológica — atributos cada vez mais valiosos nos círculos de influência global.

Rumo ao pós-sistema

Esses jovens não se limitam a aprender como o mundo funciona: estão tentando imaginar o que pode vir depois dele. Em vez de repetir os modelos de poder, propõem novas formas de coexistência entre dinheiro, dados, terra e ideias. Estão moldando uma elite que se preocupa menos com aparência de superioridade — e mais com a criação de soluções. (Com informações do notjournal)

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