Oasis, Paul McCartney: descubra por que os ingressos para shows ficaram tão caros

No ano passado, os preços médios dos ingressos das 100 principais turnês realizadas em todo o mundo foi de R$ 746, contra R$ 606 em 2022.

Oasis, Paul McCartney: descubra por que os ingressos para shows ficaram tão caros | Google
Siga-nos no Seguir MeioNews no Google News

Na última vez em que a banda Oasis se apresentou no Estádio de Wembley, em Londres, foi nos anos 2009 e o ingresso custava exatamente 44,04 libras. E no seu retorno, em julho do ano que vem, o mesmo ingresso custa 150 libras, cerca de R$ 1,1 mil, muito mais do que o preço antigo, que, de acordo com ajustes devido a inflação, custaria hoje 68 libras, cerca de R$ 502. Não para por aí. Certos fãs precisaram pagar centenas de libras a mais do que o valor nominal, depois que o "preço dinâmico" fez disparar os custos, devido à alta demanda.

Leia Mais

preços no Brasil

Por aqui, o ingresso mais barato na modalidade inteira para um show do astro Paul McCartney em São Paulo custava nos anos de 2014, R$ 220 reais. Corrigindo a inflação para valores atuais (índice IPCA), esse valor corresponderia a R$ 382 reais. Só que o ingresso mais barato para o show do ex-Beatle que acontecerá em outubro na capital paulista custa R$ 450, também para cadeira superior na modalidade inteira.

TURNÊS LOTADAS E SHOWS ESGOTANDO OS INGRESSOS

No ano de 2017, um show do americano Bruno Mars em São Paulo custava, como opção mais barata da inteira, R$ 240 reais (arquibancada C), o que hoje, corresponderia a R$ 342 reais. Entretanto, para os shows de Mars no mês de outubro na cidade, o ingresso mais barato custa R$ 470, também uma inteira para a arquibancada.

No lado mais extremo da balança

Madonna cobrou 1.306,75 libras, cerca de R$ 9,7 mil reais pelos passaportes VIP da sua turnê Celebration, enquanto Beyoncé ofereceu aos fãs a possibilidade de se sentarem no palco dos seus concertos Renaissance pela bagatela de 2,4 mil libras, cerca de R$ 17,7 mil. No ano passado, os preços médios dos ingressos das 100 principais turnês realizadas em todo o mundo foi de 101 libras, cerca de R$ 746, contra 82 libras, cerca de R$ 606, em 2022, segundo a publicação Pollstar, que acompanha a indústria dos shows.

No Reino Unido

51% das pessoas declararam que os altos preços impediram que elas fossem a shows pelo menos uma vez nos últimos cinco anos. As pessoas com 16 a 34 anos de idade que frequentam shows, dois terços afirmam que reduziram seu número de apresentações assistidas. Apesar disso, as turnês com altos preços de ingressos continuam com a lotação esgotada, mas apenas para os artistas mais renomados.

CUSTOS DOS ARTISTAS

Mas estes são artistas que não precisam de grandes produções pirotécnicas e telas de vídeo gigantescas. Para os shows que usam esses apetrechos, o custo das turnês disparou desde a pandemia. Alguns exemplos:

Transporte de pessoas: Seja em uma minivan ou em um jato particular, viajar está mais caro hoje em dia. Os preços dos combustíveis aumentaram em 20% desde 2019.

Frete de mercadorias: Uma turnê não envolve apenas o transporte de seres humanos. Para grandes shows em estádios e arenas, o palco também precisa ser transportado. A estrela do pop Lorde, o custo de transporte do seu palco pelo mundo aumentou em até 300% depois da pandemia. E a companhia de logística FreightWaves afirma que o custo de seguro de um único caminhão pode atingir US$ 5 milhões (cerca de R$ 27,7 milhões).

ESTRELA INTERNACIONAL

Para dar uma ideia, a turnê The Eras, de Taylor Swift, exige até 50 caminhões.

Alimentação: todos nós observamos o aumento do custo dos alimentos. Os artistas em turnês não são exceção – e, quando você tem centenas de bocas para alimentar, os gastos aumentam ainda mais.

Equipamento de palco: dos sistemas de som até a iluminação, os custos de aluguel dos equipamentos da turnê aumentaram em 15-20%. E, com mais turnês simultâneas, existe pouca disponibilidade de equipamentos, o que pode impulsionar os preços ainda mais.

Carregue mais
Veja Também
Tópicos
SEÇÕES