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Lixo da China, Venezuela e até dos Emirados Árabes são encontrados em praia brasileira

Os itens “tradicionais” descartados de forma irregular à beira-mar chamou a atenção dos visitantes, afinal são países que têm distância superior a 14 mil km do estado

Rótulo da garrafa mostra material foi fabricado nos Emirados Árabes Unidos | Foto: Reprodução/Lucas Knupp
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Na última terça-feira (4), o fotógrafo e ambientalista Lucas Knupp caminhava  pela Praia do Bosque, em Guriri, na cidade de São Mateus, na Região Norte do Espírito Santo com seu amigo José Luiz Zouain, quando notou lixos na areia carregados pela maré até a praia.

Entre os itens "tradicionais" descartados de forma irregular à beira-mar, como latas de cerveja e restos de redes de pesca, eles encontraram até resíduos de países como China, Venezuela e Emirados Árabes Unidos, o que chamou a atenção dos visitantes, afinal são países que têm distância superior a 14 mil quilômetros do solo capixaba.

Fomos fazer uma caminhada no final da tarde e começamos a achar muito lixo. A maré do mar subiu mais cedo e encontramos frascos de óleo de motor, óleo de cozinha, material de pesca, como redes e linhas de nylon, e muito mais elementos.

NÃO É NOVIDADE

Segundo informações do g1, o ambientalista, Natural de Manhuaçu, em Minas Gerais, contou que vive no Espírito Santo há pouco mais de cinco anos e que, infelizmente, o encontro de materiais descartados de forma irregular não é novidade nas praias capixabas.

O local onde achei o lixo em Guriri, inclusive, é uma área de desova de tartarugas marinhas. Vi várias placas do Projeto Tamar por ali. E, no meio disso, ainda encontramos pneus e outros resíduos.

CENÁRIO CRÍTICO

O lixo encontrado por Lucas na praia capixaba reflete um cenário que já é visto de maneira constante em outros estados litorâneos brasileiros. Em setembro, um estudo divulgado pela Expedição Ondas Limpas na Estrada mostrou que 91% dos resíduos encontrados em 306 praias do país são plásticos.

Deste número, 61% são plásticos de uso único, de itens como copos e garrafas descartáveis e embalagens não reutilizáveis; 22% são fragmentos de plásticos de brinquedos e utensílios domésticos, chamados de itens de vida longa; já 17% são de apetrechos de pesca, como as linhas de nylon das redes, também encontradas pelo fotógrafo e ambientalista em Guriri.

Com informações do g1.

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