Conheça a “Semana do Inferno”, a rigorosa seleção militar dos EUA

Realizada por cinco dias e meio, ela visa selecionar aspirantes para integrarem a força de elite da Marinha dos Estados Unidos.

treinamento | Reprodução
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Quem assistiu Tropa de Elite e pôde ver como são os testes para seleção de integrantes para a força de elite da Polícia Militar do Rio de Janeiro, ficou espantado. Mas se está achando que aquela era rigorosa, fique atento: a verdadeira prova de resistência se chama "Semana do Inferno".

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Realizada por cinco dias e meio, ela visa selecionar aspirantes para integrarem a força de elite da Marinha dos Estados Unidos. As "provas do líder" no BBB ou as atividades do No Limite não chegam nem perto do que é exigido nessa seleção. Aqui, a coisa é punk.

Treinamento para "eliminar os fracos"

O nome oficial da "Semana do Inferno" é BUD/S, algo como Treinamento Básico de Demolição Submarina SEAL. A própria Marinha aponta o programa como "o mais duro e exigente que existe" e afirma que seu objetivo é "eliminar os fracos e não comprometidos".

(Fonte: Flickr)

As Forças Armadas fazem questão, ainda, de pontuar que se trata de uma prova de resistência e não de treinamento especial. Ao longo dos exercícios da BUD/S, os candidatos passam por 20 horas de provas físicas por jornada e só têm permissão para quatro horas de sono. Todas as atividades acontecem nas praias da Califórnia, aproveitando o frio como obstáculo.

Série de exercícios dignas de No Limite

Entre os exercícios de provação estão as corridas de 320 km, natação e remo por longas distâncias, e centenas de flexões e abdominais. Mas há outros dignos de reality show, como a "log PT", em que os candidatos carregam um tronco de 70 kg por um período prolongado. Há também outros que, apesar de parecerem simples, são feitos já com o corpo exausto, como ficar imóvel dentro da água recebendo golpes das fortes ondas da região.

(Fonte: BBC UK)

A Marinha defende o treinamento afirmando que ele também é mental, reforçando a busca pelos mais inteligentes e resistentes exemplares. A tese é que, ao criar antecipadamente desafios aos quais serão expostos em eventuais guerras, esses futuros militares de elite saberiam resistir mais e melhor. Contudo, a "Semana do Inferno" não é o fim do processo seletivo. Ao fim, os aspirantes ainda precisam passar por outras duas fases, bem como uma prova classificatória.

Morte de aspirante colocou "Semana do Inferno" no centro de debates

A "Semana do Inferno" é um evento com atividades tão intensas que os números de aspirantes que conseguem completar é de 25%, ou seja, somente um a cada quatro participantes consegue completar todos os desafios.

(Fonte: IB Times)

Segundo dados oficiais, já ocorreram duas mortes durante o processo seletivo. As autoridades do exército americano defendem os exercícios de resistência e força deste treinamento argumentando que elas são determinantes para definir se um postulante ao SEAL — grupo de militares dedicado às tarefas de maior periculosidade das Forças Armadas —  é apto ou não ao cargo. Contudo, a "Semana do Inferno" entrou no noticiário com a divulgação da morte de Kyle Mullen, um aspirante de 24 anos, no último dia 4 de fevereiro.

O jovem militar chegou a completar o treinamento com êxito, porém foi internado em um hospital da Califórnia e faleceu dias depois. A Marinha dos Estados Unidos, em comunicado à imprensa, afirmou que a causa da morte de Mullen ainda é desconhecida e que está sob investigação. Pontuou também que o aspirante não estava em treinamento quando apresentou sintomas de mal-estar.

Com informações Megacurioso

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