Confira bilionários que decidiram não deixar fortuna para seus herdeiros - Anderson Cooper

Falas do apresentador americano Anderson Cooper e do ex-jogador da NBA Shaquille O'Neil voltam a jogar holofotes sobre discussões a respeito do destino de grandes fortunas e taxação de bilionários; casos como os de Andrew Carnegie e Chuck Feeney se tornaram emblemáticos - Anderson Cooper

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Anderson Cooper

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Em setembro, foi a vez de o apresentador Anderson Cooper, âncora da emissora CNN e cuja fortuna é estimada em cerca de US$ 200 milhões (R$ 1,1 bilhão na cotação atual), declarar que não pretende deixar "um pote de ouro" para seu filho, que hoje tem um ano e meio de idade.

"Não acredito em passar adiante grandes quantidades de dinheiro", disse Cooper em episódio que foi ao ar em setembro no podcast Morning Meeting.

"Não estou tão interessado em dinheiro, mas não pretendo passar adiante algum tipo de pote de ouro para meu filho. Vou fazer o que meus pais me disseram: 'Sua faculdade será paga, e em seguida você precisa seguir [por conta própria]'."

Cooper é descendente, por parte de mãe, dos Vanderbilts, que foram em seu tempo uma rica dinastia americana e que começou a definhar antes de o apresentador nascer — e sobre a qual ele escreveu um livro.

O apresentador afirmou ao podcast que "cresceu vendo dinheiro ser perdido" pelos Vanderbilts e sempre evitou ser associado à família de sua mãe. Segundo ele, a fortuna do magnata Cornerlius Vanderbilt, erguida ainda no século 19, "foi uma patologia que infectou as gerações seguintes".

"[O dinheiro] não os levou a grandes atos de generosidade ou à criação de fundações duradouras que ajudassem outras pessoas, mas sim ao anseio de entrar para a alta sociedade [de Nova York]", disse.

A fala de Cooper se insere em um debate maior entre uma parcela de milionários e bilionários internacionais a respeito da destinação de suas riquezas — e também em meio a críticas sobre responsabilidade social e impostos sobre fortunas em um momento de grande desigualdade e concentração de renda em todo o mundo.

Além disso, traz à tona também a lembrança de casos famosos de magnatas que ativamente evitaram deixar o dinheiro para seus herdeiros.

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