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Casar ou não casar? Saiba quais as dúvidas comuns antes do grande dia

O medo do compromisso é, em muitos casos, uma resposta natural diante da magnitude da mudança que o casamento representa.

O frio na barriga antes do casamento é um sentimento bastante comum | Foto: Divulgação
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Você talvez já tenha ouvido a frase: “o melhor tipo de divórcio é aquele que acontece antes do casamento”. À primeira vista, essa ideia pode parecer lógica, já que o casamento é uma decisão capaz de transformar a vida de qualquer pessoa. Diante dessa perspectiva, desistir pode parecer a escolha mais racional quando surgem dúvidas. Mas será que é mesmo?

O frio na barriga antes do casamento é um sentimento bastante comum. Quando os preparativos começam — desde a escolha das roupas até a definição da lista de convidados —, muitas pessoas passam a repensar a decisão. A ansiedade cresce à medida que o grande dia se aproxima, e pensamentos como “e se eu não estiver pronto?” ou “e se eu estiver cometendo um erro?” ganham força.

Essa insegurança não significa, necessariamente, que o relacionamento esteja fadado ao fracasso. O medo do compromisso é, em muitos casos, uma resposta natural diante da magnitude da mudança que o casamento representa. Entre os principais temores dos noivos, destacam-se cinco: não estar pronto, o impacto da mudança de vida, dúvidas sobre o parceiro, medo de estar se contentando com pouco e o receio de que o casamento destrua o que há de bom na relação.

O primeiro medo é o de não estar preparado. Isso pode surgir especialmente quando o relacionamento avança sem decisões conscientes — apenas “deslizando” de uma fase para a outra, como aponta um estudo de 2020 publicado no Journal of Social and Personal Relationships. O acúmulo de histórias, laços e até os custos envolvidos na cerimônia fazem com que seja difícil voltar atrás, mesmo quando surgem dúvidas profundas sobre o futuro da relação.

CONHEÇA OS MEDOS

Outro temor recorrente é a sensação de que a vida vai mudar para sempre. Casar envolve adaptações na rotina, na identidade e na convivência. Algumas pessoas, como relata uma participante do estudo, percebem tardiamente que o casamento é realmente para a vida toda — e isso pode ser assustador. Sentimentos de perda da autonomia e do estilo de vida solteiro são comuns, mas não precisam ser definitivos. O casamento não deve significar o fim da individualidade.

A dúvida sobre ter escolhido a pessoa certa também pode se intensificar nessa fase. Pequenas atitudes antes ignoradas se tornam motivo de preocupação. Discussões aumentam, e alguns casais chegam a se afastar ou até terminar temporariamente. Em certos casos, essas dúvidas são alimentadas por sinais reais de alerta, como comportamentos abusivos, que não devem ser ignorados. É importante ouvir o próprio instinto e refletir com cuidado.

O medo de estar se contentando com pouco também pesa. Com tantas opções disponíveis e a cultura do “você merece mais”, é fácil cair na armadilha de acreditar que existe alguém “melhor” esperando. Mas essa linha de pensamento pode ser enganosa. O importante é avaliar se há compatibilidade de valores, segurança emocional e vontade mútua de construir uma vida juntos, mesmo com imperfeições.

Por fim, muitos temem que o casamento acabe com o encanto da relação. O medo da rotina e da perda da paixão é real, mas estudos indicam que o amor pode, sim, crescer com o tempo — desde que seja baseado em parceria, amizade e dedicação. Grandes decisões vêm acompanhadas de medo, mas o mais importante é entender o que esses sentimentos estão tentando comunicar. Em vez de buscar certezas absolutas, busque o que faz sentido para você — mesmo que o coração esteja acelerado.

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