A CPI Covid revelou que o Governo brasileiro ignorou cinco ofertas da Pfizer. O primeiro contato aconteceu no dia 14 de 2020 e um segundo, no mesmo mês, quatro dias depois. Um terceiro contato foi realizado no dia 26 de agosto. Outras duas ofertas ocorreram nos dias 14 de fevereiro de 2021 e 8 de março de 2021.
O Ministério da Saúde só assinou contrato com o laboratório em março deste ano, quando adquiriu 100 milhões de doses.A informação foi repassada pelo gerente geral do imunizante na América Latina, Carlos Murillo, que deixou bem claro que o governo perdeu a oportunidade de comprar 70 milhões de unidades da vacina.
Em seu depoimento, Carlos Murillo, informou ainda a participação do vereador Carlos Bolsonaro e do assessor especial da Presidência Filipe Martins nas reunião para tratar sobre a venda da vacina.
Carlos Bolsonaro é fillho do presidente Jair Bolsonaro e vereador do Rio de Janeiro. Ele não tem nenhum cargo no Governo Federal que justifique a participação nas reuniões.
Com essa informação, a CPI Covid busca apurar a existência de um “assessoramento paralelo” do governo. Essa informação já tinha sido repassada pelo ex-ministro da Saúde Henrique Mandetta.
SOBRE A COMPRA DA VACINA
- O Ministério da Saúde só assinou contrato com o laboratório em março deste ano, quando adquiriu 100 milhões de doses
- Caso o Brasil tivesse fechado contrato desde o início, o país teria disponível, até o segundo trimestre deste 18,5 milhões de doses da vacina.
- Com o contrato postergado, 14 milhões de doses devem ser entregues no segundo trimestre e 86 milhões restantes, no terceiro trimestre.