Segundo uma das cientistas que ajudou a identificar a Ômicron, nova variante da Covid-19, os sintomas dela são leves e quem é infectado por ela não perde o olfato e o paladar, como acontecia a princípio com infecções pelo vírus. A Dra. Angelique Coetzee foi uma das primeiras a reparar que os sintomas dos pacientes de covid-19 estavam diferentes, para dizer o mínimo.
Angelique, que dirige um consultório particular na África do Sul, disse ao The Telegraph que "os sintomas da variante eram tão diferentes e leves dos que havia tratado antes", sem a perda dos sentidos, mas com outros indicadores incomuns, como fadiga intensa e pulso acelerado.
Foi então que Angelique avisou conselho consultivo de vacinas da África do Sul, em 18 de novembro, quando cuidou de uma família de quatro pessoas — todos apresentando fadiga intensa após o teste positivo para o novo coronavírus.
A Dra. Coetzee garantiu ao The Telegraph que os novos sintomas que ela observou eram "leves" e que todos os pacientes que ela estava tratando haviam se recuperado bem. "Tivemos um caso muito interessante, de uma criança de cerca de seis anos, com febre e batimentos cardíacos muito altos, e eu me perguntei se deveria interná-la. Quando fiz o acompanhamento, dois dias depois, ela estava muito melhor", afirmou.
Mesmo com baixa incidência, a variante B.1.1.529 causa preocupação nos cientistas por ter 32 mutações em sua espícula — proteína que a maioria dos vírus usa para infectar o organismo humano.
Em uma série de publicações nas redes sociais, Tom Peacock, virologista do Imperial College London, afirmou que “a variante deve ser monitorada de perto devido a esse perfil de pico horrível”. Ele acrescentou, no entanto, que tudo pode acabar sendo apenas "algo estranho” que não seja tão transmissível. “Espero que seja esse o caso”, escreveu ele.
Já foram confirmados casos da Ômicron em países como a Itália, Alemanha, Reino Unido, Bélgica, República Tcheca, Hong Kong, Israel, África do Sul e Botsuana.