Alemanha e Itália confirmam primeiros casos da variante ômicron

A Alemanha confirmou na tarde deste sábado os dois primeiros casos da variante ômicron. A Itália informou ter identificado um caso

Alemanha | Divulgação
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A Alemanha confirmou na tarde deste sábado os dois primeiros casos da variante ômicron da Covid-19. Os dois casos foram detectados na Bavária, afirmou o Ministro de Saúde do país. Os dois indivíduos contaminados entraram no país pelo aeroporto de Munique no dia 24 de novembro. As duas pessoas infectadas estão em isolamento nesse momento. A Itália informou ter identificado um caso. 

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Nesta manhã, o secretário de Saúde do Reino Unido, Sajid Javid, afirmou que as autoridades de saúde britânicas identificaram dois casos de pessoas contaminadas pela variante Ômicron (B.1.1.529) da Covid-19 no país. De acordo com o jornal The Guardian, os dois indivíduos contaminados pela cepa estão em isolamento. Nesta sexta-feira, a Bélgica já havia confirmado o primeiro caso da variante no continente europeu.

Na República Tcheca, o governo também anunciou neste sábado que investiga um possível caso da Ômicron. Autoridades de saúde holandesas informaram neste sábado que detectaram 61 casos de Covid-19 entre pessoas que voaram da África do Sul na sexta-feira e que agora realizam mais testes para ver se alguma delas está infectada com a variante.  

Na quinta-feira, o Reino Unido anunciou o banimento de voos vindos de Botsuana, Eswatini, Lesoto, Namíbia, África do Sul e Zimbábue em um esforço para impedir a chegada da cepa do vírus ao país. Neste sábado, adicionou Malawi, Moçambique, Zâmbia e Angola à "lista vermelha". Isso significa que residentes britânicos e irlandeses vindos desses países terão de ficar em quarentena num hotel aprovado pelo governo britânico durante dez dias. Não residentes terão a entrada rejeitada.

Alemanha confirma os dois primeiros casos da ômicron no país Foot: AFP

A nova variante do coronavírus foi identificada na África do Sul e preocupa as autoridades de saúde do mundo todo por parecer se espalhar relativamente rápido.

Desde o início da pandemia, diversas cepas surgiram, mas, até o momento, apenas quatro foram alvo de preocupação por alterarem negativamente o efeito do vírus no organismo. A ômicron é a quinta delas e, de acordo com o médico geneticista Salmo Raskin, diretor do Laboratório Genetika, de Curitiba, essa é a variante que mais acumulou mutações.

— Ela tem uma mistura de mutações presentes nas outras quatro variantes de preocupação e ainda tem uma série de mutações inéditas. Esse é o ponto principal que chamou a atenção nela. Embora existem evidências de que ela pode ser mais transmissível e escapar das defesas do sistema imunológico, ainda é muito precipitado fazer qualquer afirmação sobre isso — explica o especialista.

África do Sul se sente 'castigada'

O governo sul-africano lamentou o fechamento de fronteiras aos seus cidadãos e viajantes e considerou que o fato de ter descoberto a nova variante Ômicron do coronavírus graças à qualidade de seus cientistas está "castigando" o país.

— Essas proibições de viagem castigam a África do Sul pela sua capacidade avançada no sequenciamento de genomas e em detectar mais rapidamente as novas variantes. A excelência científica deveria ser aplaudida e não castigada — disse o governo em um comunicado. — Vemos também que há novas variantes detectadas em outros países. Nenhum desses casos tem relação recente com o sul da África. E a reação com esses países é radicalmente diferente da gerada pelos casos no sul da África —  lamentou o Ministério das Relações Exteriores no comunicado.

O governo destaca que a Organização Mundial da Saúde (OMS) não recomenda que sejam tomadas medidas semelhantes e pediu uma "abordagem científica, baseada nos riscos".

O ministro sul-africano da Saúde denunciou na sexta-feira a reação de vários países de fecharem suas portas para essa região do mundo antes inclusive de saberem os perigos da nova variante.

— Alguns líderes buscam bodes expiatórios para resolver um problema que é mundial —  disse Joe Phaahla.

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