Levantamento feito pela coluna nos sistemas da Câmara dos Deputados e no Senado do dia 09 de maio até esta terça-feira, 16 de maio, apontam que os requerimentos solicitando a presença do ministro da Justiça e Segurança Pública Flávio Dino (PSB-MA) caíram vertiginosamente na última semana. Antes da audiência em que o gestor confrontou os senadores Sérgio Moro (UB-PR), Flávio Bolsonaro (PL-RJ) e Marcos do Val (PL-ES), haviam sido protocolados 57 requerimentos somente na Câmara, nos últimos sete dias, no entanto, nenhum foi pedido, nem mesmo os que abrangem somente informações, sequer as indicações, que também são comuns nas Casas Legislativas.
Na Câmara, o último movimento envolvendo o ministro foi um requerimento do dia 08 de maio do deputado Capitão Alberto Neto (PL/AM) em que pediu informações a respeito das invasões cometidas pelo Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra.
No Senado, o cenário é similar, os parlamentares 'esqueceram' completamente o ministro da Justiça, após o dia 09 de maio, nenhuma ação do tipo foi protocolada no sistema da Casa Legislativo. A única ação direcionada à presença do ministro no Congresso veio através da Comissão Mista de Controle das Atividades de Inteligência (CCAI), que solicitou ontem, 15 de maio, que Flávio Dino seja convidado para audiência pública no intuito de apresentar aos seus membros o panorama atual e futuro para a segurança pública brasileira e defesa nacional, bem como as prioridades da Pasta.
O fato é que o desempenho de Dino nos 'embates' com os parlamentares têm dado visibilidade ao ministro e incomodado os adversários, que tratam os 'revides' do ex-governador do Maranhão como um 'deboche'. As respostas dadas por Dino especialmente a aliados mais radicais do ex-presidente Jair Bolsonaro têm viralizado nas redes sociais, tornando-o o ministro mais popular do Governo Lula (PT). Ao que parece, pelo menos por enquanto, ele ganhará um 'descanso' da presença nas Casas Legislativas.