Deputado bolsonarista propõe ação da Câmara contra racismo a Vini Jr

Paulo Bilynskyj quer que seja aprovação moção de repúdio à La Liga e a Javier Tebas.

Na manhã desta segunda-feira, 22 de maio, o deputado bolsonarista Paulo Bilynskyj (PL-SP) protocolou um requerimento na Câmara dos Deputados solicitando uma moção de repúdio à La Liga, a Federação Espanhola de Futebol, e ao seu presidente, Javier Tebas Medrano. O motivo é a ocorrência de atos de racismo contra o jogador brasileiro Vinícius Júnior durante o jogo entre Valencia e Real Madrid, realizado no dia 21 de maio de 2023.

No requerimento, o deputado pede que a moção de repúdio seja registrada nos anais da Casa, de acordo com o Regimento Interno da Câmara dos Deputados. O deputado destaca que os atos de racismo contra Vinícius Júnior foram amplamente noticiados pela imprensa brasileira, citando uma reportagem do portal UOL Esportes. Segundo a matéria, o jogo precisou ser paralisado devido aos gritos racistas entoados pelos torcedores do Valencia, que direcionaram insultos como "Mono" e "Macaco" ao jogador brasileiro.

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Paulo Bilynskyj solicita repúdio a La Liga (Foto: Bruno Spada/Agência Câmara)

O requerimento também menciona a postagem feita pelo presidente da La Liga, Javier Tebas Medrano, em seu perfil no Twitter. Na mensagem, Tebas Medrano se defende das críticas e cobranças de Vinícius Júnior, alegando que o jogador não compareceu nas datas acordadas para uma explicação sobre o que a La Liga pode fazer em casos de racismo. O deputado considera essa resposta insatisfatória e argumenta que a atitude da La Liga e de seu presidente merece amplo repúdio.

O deputado enfatiza que é inadmissível que, em pleno ano de 2023, ainda seja necessário discutir atos de racismo como esse. Ele afirma que tais manifestações têm o objetivo de atingir, desrespeitar e ofender a integridade de Vinícius Júnior, e ressalta que a população brasileira não irá tolerar tais atitudes. O deputado cobra um posicionamento da Federação Espanhola de Futebol e de seu presidente diante desses incidentes.

Por fim, o deputado solicita o apoio dos parlamentares para a aprovação do requerimento e o devido reconhecimento público por meio da moção de repúdio. O caso evidencia a importância de combater o racismo no esporte e reforça a necessidade de conscientização e punição para aqueles que perpetuam tais atos discriminatórios.

POLÊMICA - O deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL-SP) esteve envolvido recentemente numa polêmica, após usar a tribuna da Câmara dos Deputados na última quarta-feira (17), ao exaltar a participação de seu avô, o ucraniano Bohdan Bilynskyj, como combatente voluntário da Waffen-SS, que seria o exército pessoal do ditador Adolf Hitler, na Segunda Guerra Mundial. A correlação foi feita por colegas parlamentares e entidades representantivas. 

Posteriormente, ele divulgou nota sinalizando que as acusações eram inverídicas e que seu avô lutou pela liberdade da Ucrânia, e não participou da divisão ligada ao nazismo. 

Veja a nota completa: 

O deputado federal Delegado Paulo Bilynskyj (PL/SP) repudia veementemente as acusações inverídicas que estão sendo realizadas sobre seu pronunciamento na Câmara dos Deputados ao qual estima a luta de seus antepassados contra o regime comunista soviético. 

De maneira mentirosa e criminosa, pessoas públicas e veículos de imprensa acusam o parlamentar e distorcem a história da luta ucraniana na segunda guerra mundial.  As explicações históricas e a contextualização sobre os fatos estão no vídeo disponibilizado abaixo.

Fica claro que não existe nenhuma vinculação entre a luta travada pelo Avô do Deputado e o Nazismo, sendo claro que a existência da Divisão Ucraniana era desconhecida por Hitler, e que o comitê de crimes de guerra de Nuremberg atestou que não houve a participação de nenhum membro da Divisão em atividades do regime nazista.

Informamos ainda que as pessoas que mantiverem as acusações criminosas serão processadas.

Por fim, repudiamos toda forma de ditadura como o nazismo e o comunismo e reafirmamos nosso compromisso com a liberdade e a democracia. 

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