Uma ofensiva da Polícia Civil do Estado do Ceará (PCCE) resultou na desarticulação de uma fábrica clandestina de cigarros e na captura, em flagrante, de 10 homens paraguaios. A operação foi registrada nessa segunda-feira (24), na zona rural de Tianguá, área pertencente à Área Integrada de Segurança 14 (AIS 14) do estado. Durante a ação, foram apreendidas máquinas de fabricação, embalagens, insumos, um gerador elétrico, empilhadeiras, além de caixas de filtros e cigarros já prontos.
A desarticulação é fruto de trabalho investigativo conduzido pela Delegacia de Roubos e Furtos (DRF), unidade especializada vinculada ao Departamento de Combate aos Crimes contra o Patrimônio (Depatri), e contou com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (Core/PCCE). A Polícia Civil havia recebido denúncia sobre o funcionamento da fábrica clandestina na localidade de Cinturão Verde, também na zona rural de Tianguá.
AÇÃO FLAGROU PRODUÇÃO CLANDESTINA
Com as informações em mãos, os policiais civis iniciaram diligências que confirmaram a denúncia. No galpão, os agentes encontraram diversos homens atuando na linha de produção. Foram apreendidos maquinários utilizados na fabricação e embalagem dos cigarros, empilhadeira, máquina exaustora, tablets, notebook, um gerador de energia elétrica e insumos como fumo, papéis para produção de maços e plásticos para lacração das embalagens. Caixas com maços de cigarros prontos para comercialização também estavam no local.
10 PRESOS
Segundo a PCCE, o galpão funcionava tanto como fábrica quanto como espaço de armazenamento dos produtos que seriam comercializados. O imóvel ainda possuía alojamento, cozinha e até um terreno onde os trabalhadores jogavam futebol.
Ao todo, 10 homens foram encontrados no local. Eles têm entre 25 e 47 anos, são naturais do Paraguai e teriam entrado ilegalmente no Brasil para atuar na produção dos cigarros. Em razão da situação flagrancial, todos foram autuados por crimes contra a ordem tributária e associação criminosa. A PCCE segue investigando o caso para identificar os responsáveis pela estrutura clandestina e esclarecer se os estrangeiros integravam o esquema criminoso ou se eram, na verdade, trabalhadores submetidos a condições análogas à escravidão. A situação será comunicada à Polícia Federal.